O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,86% em agosto deste ano, repetindo a variação registrada no mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, o indicador passa acumular avanço expressivo de 23,55% em 2021.
Além disso, a taxa acumulada pelo IPP nos últimos 12 meses chegou a 33,08%. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (29).
Em resumo, os preços das 24 atividades pesquisadas subiram em agosto. Essa é a segunda vez, desde o início da série histórica em 2010, que todas as atividades subiram em um mês. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
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De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação aceleraram em agosto (1,72% para 1,91%), impulsionando o IPP. Em contrapartida, as indústrias extrativas recuaram no mês (3,61% para 1,16%). No entanto, as indústrias de transformação exercem impacto bem mais expressivo no IPP do que as extrativas.
A saber, as maiores variações acumuladas em 2021 vieram de: indústrias extrativas (68,49%), refino de petróleo e produtos de álcool (47,03%), metalurgia (40,59%) e outros produtos químicos (37,34%). Já as maiores influências foram de: refino de petróleo e produtos de álcool (3,96 p.p.), indústrias extrativas (3,77 p.p.), alimentos (3,20 p.p.) e outros produtos químicos (2,99 p.p.).
Já em relação às grandes categorias econômicas, a maior variação veio dos bens de consumo (1,99%). Em suma, a taxa é uma média dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (2,13%) e bens de consumo duráveis (1,25%). Em seguida, ficaram os bens de capital (1,97%) e os bens intermediários (1,77%).
Por fim, esse é o vigésimo quinto aumento seguido dos preços, na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019, sem recuarem em nenhum mês.
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