O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve alta de 1,39% em novembro de 2020, na comparação com outubro. No ano, o valor acumulado chega a 18,92%, enquanto que a taxa dos últimos 12 meses está em 19,69%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira, dia 5.
Em resumo, 19 das 24 atividades pesquisadas apresentaram variações positivas e contribuíram para o resultado. A saber, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Ou seja, o índice mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em suma, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também são analisados.
Veja os itens que contribuíram para a alta do índice
De acordo com o IBGE, o crescimento nas indústrias de transformação (1,60%) puxou o índice para cima. Mesmo com a queda de 2,05% nos preços das indústrias extrativas, o IPP subiu. Aliás, a alta de 1,39% registrada em novembro aponta, na verdade, uma forte desaceleração do índice. Por exemplo, em outubro, houve o registro da maior variação positiva da série histórica do indicador (3,41%), iniciada em 2014. E, em outubro, as indústrias extrativas tiveram uma alta de 9,71%.
Em síntese, os quatro maiores avanços vieram de: móveis (4,03%), borracha e plástico (3,58%), fumo (-2,91%) e alimentos (2,76%). Já as maiores influências no resultado do IPP vieram de: alimentos (0,71 ponto percentual) (p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 p.p.), metalurgia (0,14 p.p.) e borracha e plástico (0,13 p.p.). Vale ressaltar que cada atividade tem um peso no IPP, por isso há variação entre as que mais subiram no mês pesquisado e as que impactaram mais fortemente o índice.
Por fim, também houve alta na taxa acumulada em 2020, passando de 17,29%, em outubro, para 18,92%, em novembro.
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