O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,31% em junho deste ano, após variar 1,00% no mês anterior. Com este resultado, o indicador agora acumula avanço expressivo de 17,58% em 2021, maior patamar para o período desde o início da série em 2014. Aliás, a variação também foi a maior dos últimos sete anos para um mês de junho.
Além disso, o IPP também bateu recorde com a taxa acumulada nos últimos 12 meses, que chegou a 36,81%. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (28).
Em resumo, os preços de 18 das 24 atividades pesquisadas subiram em junho, contra 17 em abril. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
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De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação desaceleraram em junho (1,09% para 0,76%). Em contrapartida, as indústrias extrativas dispararam no mês e saíram do campo negativo (-0,43% para 8,71%). Com isso, o IPP acabou acelerando no mês.
Em síntese, as quatro maiores variações no mês vieram de: indústrias extrativas (8,71%), produtos de metal (2,80%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,60%) e minerais não-metálicos (2,50%). Já as maiores influências foram de: indústrias extrativas (0,60 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.), produtos de metal (0,08 p.p.) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,07 p.p.).
O IBGE também indicou as atividades com as maiores variações e impactos no IPP em 2021. Em relação às variações, o resultado ficou assim: indústrias extrativas (60,76%), refino de petróleo e produtos de álcool (39,68%), outros produtos químicos (33,00%) e metalurgia (32,17%).
Por sua vez, levando em consideração a influência exercida, as atividades que mais provocaram impacto no acumulado do ano foram: refino de petróleo e produtos de álcool (3,34 p.p.), indústrias extrativas (3,34 p.p.), outros produtos químicos (2,64 p.p.) e alimentos (2,21 p.p.).
Por fim, esse é o vigésimo terceiro aumento seguido dos preços, na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019, sem recuarem em nenhum mês.
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