O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,94% em julho deste ano, após variar 1,29% no mês anterior. Com este resultado, o indicador agora acumula avanço expressivo de 21,39% entre janeiro e julho. Esse é o maior patamar para o período desde o início da série em 2014.
Além disso, a taxa acumulada do IPP nos últimos 12 meses recuou de 36,81% em junho para 35,08% em julho. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (27).
Em resumo, os preços de 20 das 24 atividades pesquisadas subiram em julho, contra 18 em junho. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, medindo a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Ao mesmo tempo, o levantamento engloba informações por segmentos, como atividades e categorias econômicas. Dessa forma, abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise.
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De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação tiveram forte aceleração em julho (0,74% para 1,81%), impulsionando o IPP. Em contrapartida, as indústrias extrativas recuaram no mês (8,71% para 3,61%). No entanto, as indústrias de transformação têm impacto bem mais expressivo no IPP do que as extrativas.
Com o acréscimo do resultado de julho, as maiores variações no acumulado de 2021 vieram de: indústrias extrativas (66,56%), refino de petróleo e produtos de álcool (44,27%), metalurgia (37,04%) e outros produtos químicos (33,54%). Já as maiores influências foram de: refino de petróleo e produtos de álcool (3,73 p.p.), indústrias extrativas (3,66 p.p.), alimentos (2,77 p.p.) e outros produtos químicos (2,69 p.p.).
Já em relação às grandes categorias econômicas, a maior variação veio dos bens de capital (2,14%). Em seguida, ficaram os bens de consumo (1,98%), cuja taxa é uma média dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (2,22%) e bens de consumo duráveis (0,76%). Assim, a menor taxa ficou com os bens intermediários (1,90%).
Por fim, esse é o vigésimo quarto aumento seguido dos preços, na comparação mês a mês. Isso quer dizer que os preços estão ficando mais caros desde agosto de 2019, sem recuarem em nenhum mês.
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