A pandemia da Covid-19 foi decretada em março de 2020, mas continua afetando os mercados globais como nunca. Após o surgimento da nova variante ômicron, as preocupações mundiais só fazem crescer. E um levantamento da IHS Markit comprova os temores que os europeus estão sentindo.
A saber, o índice de expectativas de negócios caiu de 69,0 em outubro para 66,7 em novembro. Em resumo, este indicador mede o otimismo em relação ao próximo ano. Aliás, com a queda, o índice recuou ao menor nível desde fevereiro, ou seja, há nove meses que a Europa não se via tão pessimista como agora.
Há uma explicação principal para esse sentimento: a Covid-19. Na verdade, o continente já vinha sofrendo com a Delta, variante mais letal já sequenciada até agora. Novos surtos e aumento de casos seguem acontecendo em diversas regiões europeias. Por isso, muitos governos estão voltando a adotar restrições para combater a quarta onda da Covid-19.
Ômicron aumenta temor em relação ao futuro
No entanto, como muitos dizem, nada está tão ruim que não possa piorar. E a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez declarações bastante preocupantes recentemente. Em suma, a entidade declarou a ômicron como uma variante de preocupação e afirmou que a cepa representa um “risco global muito alto”.
De acordo com o ministro da Saúde da Alemanha, o país deverá observar “um novo pico de hospitalizações por Covid-19 em UTIs por volta do Natal”. Ele afirmou que a vacinação impediria esse cenário, mas há muita gente que não quer se vacinar no país. Aliás, apenas 10 milhões dos adultos vacinados receberam a dose de reforço na Alemanha. O problema é que há 55 milhões de adultos no país.
Além disso, a economista do ING para a França, Charlotte de Montpellier, afirmou que a crise sanitária pode desacelerar a economia de toda a União Europeia. Como a ômicron é mais transmissível, segundo estudos iniciais, a disseminação desta variante vem ocorrendo de maneira assustadoramente rápida.
“As novas restrições a viagens internacionais não são uma boa notícia para a produção aeronáutica francesa e, com a esperada desaceleração do crescimento global, o crescimento da produção industrial pode desacelerar nos próximos meses”, acrescentou a economista.
Por fim, a expectativa é que a confiança do consumidor comece a cair nos próximos meses. Assim, deve levar muita gente a ter um comportamento mais cauteloso, o que pode impactar fortemente o consumo na região.
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