O Índice de Confiança Empresarial (ICE) registrou um aumento de 3,0 pontos no mês de setembro. Com a alta, o indicador superou o nível alcançado em fevereiro deste ano. Ou seja, o período anterior à pandemia da Covid-19. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou os dados nesta quinta-feira, dia 1º. De acordo com a fundação, o índice ficou 1,6 pontos acima do nível alcançado no mesmo período em 2019.
O superintendente de estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV fez algumas ponderações. Em resumo, ele afirmou que a confiança empresarial vem retornando ao nível anterior à pandemia. Contudo, há uma moderação no otimismo devido às incertezas sobre os próximos meses. “Há bastante dispersão entre os setores. Em relação a fevereiro passado, a indústria registra maior satisfação com a situação presente e maior otimismo com o futuro. Comércio e Construção estão em situações intermediárias e o Setor de Serviços segue com nível de atividade presente bem abaixo do normal e perspectivas neutras (nem otimistas nem pessimistas) para os próximos meses”, explicou o superintendente.
O ICE é composto pelos índices de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção. Ou seja, a sondagem empresarial considera a confiança destes setores e, assim, divulga os dados do indicador.
O índice de expectativa dos empresários ainda é neutra
A pesquisa também revelou qual a expectativa dos empresários. Segundo o levantamento, houve neutralidade em relação ao comportamento dos negócios nos próximos três a seis meses. Contudo, o setor industrial mantém otimismo para o período.
Simultaneamente, a confiança da indústria teve uma forte alta em setembro. Dessa forma, conseguiu recuperar as perdas de março e abril antes de qualquer outro setor. Aliás, comércio e construção seguem um caminho neutro, logo atrás da indústria. No entanto, o setor de serviços está com uma recuperação mais lenta. Em suma, o principal fator desta situação é a percepção desfavorável sobre a situação atual do país.