Os Estados Unidos encerraram julho com dados bem menos expressivos do setor de serviços. A saber, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), recuou de 64,6 pontos em junho para 59,9 em julho. Pelo menos é o que indicam os dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo instituto de pesquisas IHS Markit.
Embora o índice tenha apresentado forte desaceleração, o patamar continuou indicando expansão do setor de serviços em julho. Em resumo, níveis acima dos 50 pontos indicam expansão da atividade, enquanto valores menores que essa marca indicam retração.
Além disso, o levantamento do instituto também mostrou que o PMI Composto desacelerou de 63,7 pontos para 59,9 pontos entre os meses. A propósito, esse indicador agrega dados do segmento industrial além do setor de serviços dos EUA.
“O ritmo de crescimento econômico dos Estados Unidos esfriou em julho, de acordo com os dados finais do PMI, mas permaneceu impressionantemente forte, sugerindo que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará de forma robusta novamente no terceiro trimestre”, afirmou o economista-chefe de Negócios do IHS Markit, Chris Williamson.
Veja mais detalhes do indicador em julho
Ainda segundo Williamson, diversos fatores continuam impulsionando os resultados do setor no país. Em suma, o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a retomada da economia norte-americana continuam fortalecendo a demanda por bens e serviços nos EUA. Vale destacar os segmentos de viagens e hospedagem.
“No entanto, é provável que haja uma redução adicional na taxa de expansão nos próximos meses, uma vez que as expectativas de crescimento futuro diminuíram consideravelmente durante o mês… (isso) refletiu em parte o provável pico da demanda no segundo trimestre com a abertura da economia, mas também refletiu uma preocupação crescente com o potencial da variante Delta de perturbar a economia novamente”, acrescentou.
Por fim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando há semanas sobre o aumento de novos casos e óbitos provocados pela Covid-19. A saber, o número de casos saltou 80% em julho, mesmo percentual de aumento das mortes na África. “Os ganhos obtidos ao longo de 2020 e 2021 estão sob ameaça ou sendo perdidos”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
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