O Índice de Tecnologia Agrícola (AgTech), que mede o nível de automação nas fazendas brasileiras, cresceu 12,5% entre 2019 e 2021, segundo a Associação Brasileira de Automação GS1. O AgTech mostra que o nível de automação adotado por agricultores e pecuaristas no Brasil aumentará 12,5% de 0,16% em 2019 para 0,18% em 2021. Quando apenas a agropecuária foi ampliada, o índice passou de 0,19 para 0,21 no mesmo período. O nível de automação na pecuária passou de 0,16% para 0,17%.
Sobre a pesquisa
Em uma pesquisa, a GS1 entrevistou 370 produtores, formuladores de políticas e influenciadores sobre a aquisição de sistemas, máquinas e equipamentos para automatizar as atividades agrícolas. Eles representam agronegócios de todos os portes em todo o país.
“O principal objetivo é apoiar a adoção e uso da tecnologia pelo agronegócio brasileiro. Além disso, podemos abordar áreas de melhoria com base nas necessidades identificadas”, disse o presidente da associação, João Carlos de Oliveira.
O questionário e o índice consistem em três partes principais. A primeira é a gestão ambiental dentro da fazenda, como sistemas inteligentes de produção de água, estações meteorológicas, métodos de monitoramento de pragas e acesso à internet nas áreas rurais.
A segunda parte se concentra em sistemas e softwares para gestão de propriedades rurais, incluindo compras, estoque, pagamentos e muito mais. A terceira avaliou a utilização de equipamentos e soluções automatizadas em todas as etapas do processo produtivo, desde o plantio até a colheita.
Objetivo da pesquisa
O estudo teve como objetivo entender quantos equipamentos existem nas fazendas brasileiras e qual parte desse equipamento é automatizada. Ele também fornece insights sobre como os agricultores monitoram, coletam e integram dados com sistemas de gerenciamento de fazendas. Esses dados geram pontuações no índice, que variam de zero a um. Um zero aqui significa nenhum tipo de automação, enquanto um significa automação total.
Desse modo, o principal objetivo do Índice AgTech é fornecer ao ecossistema do agronegócio informações sobre o atual nível de automação e digitalização dos processos de produção agrícola no Brasil.
Agricultura digital
Considerando a influência do Brasil no sistema alimentar global, o país sozinho é o segundo maior fornecedor de alimentos e agricultura e deve contribuir com 40% da produção global até 2050. Sendo assim, há uma oportunidade para as inovações brasileiras criarem um mercado de alto rendimento, com uma cadeia de abastecimento alimentar sustentável por muitas décadas.
Em outras palavras, o Brasil pode se posicionar muito bem para impulsionar a inovação e fornecer novas soluções ao mundo que afetam positivamente a produção de alimentos e, em última análise, o alívio da fome, particularmente por meio do investimento em startups.
Para desenvolver o ecossistema da agricultura digital, três fatores críticos são necessários: dados, inovação e parcerias entre várias partes interessadas nos setores público e privado. A transformação digital da agricultura alavancará a inovação institucional para promover a fertilização cruzada de conhecimento e parcerias produtivas, catalisando o compartilhamento de dados e a experimentação e teste de tecnologias disruptivas.
Em suma, transformação digital da agricultura escalará soluções comprovadas por meio de compromissos em nível nacional para um sistema alimentar eficiente, equitativo e ambientalmente sustentável.