O Conselho de Administração da Petrobras considerou que dois indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao conselho da estatal são inelegíveis. Os vetados em questão foram o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano.
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De acordo com informações do jornal “O Globo”, tanto Jônathas Castro quanto Ricardo Soriano foram vetados por um suposto conflito de interesse. Segundo o conselho, o primeiro indicado não pode assumir o posto por conta de seu cargo na Casa Civil.
Já o segundo foi barrado porque se enquadra na norma que veta a participação no conselho de “pessoa que tenha, ou possa ter, qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político administrativa controladora da empresa pública, sociedade de economia mista, ou com a própria empresa ou sociedade”.
Por conta da elegibilidade, os dois indicados por Bolsonaro não irão para a Assembleia Geral dos acionistas. Todavia, caso o chefe do Executivo insista nas recomendações, pode inscrever os nomes de ambos diretamente na assembleia.
Além dos dois indicados mencionados ao longo da matéria, Bolsonaro também fez outras indicações que acabaram sendo aprovadas pelo conselho: Edison Garcia, Gileno Gurjão Barreto, Iêda Aparecida, Márcio Andrade Weber e Ruy Flaks Schneider. Eles serão conduzidos à Assembleia Geral no próximo mês.
Bolsonaro e a Petrobras
Nos últimos meses, Bolsonaro tem protagonizado vários atritos com a estatal. Na semana passada, por exemplo, o presidente ignorou críticas pelas trocas rápidas dos presidentes da Petrobras esse ano. De acordo com Bolsonaro, que desde o início de seu governo já trocou quatro pessoas à frente do comando da empresa, ele vai trocar o chefe da estatal outras vezes caso julgue necessário.
“Ah, ele trocou quatro vezes o presidente da Petrobras. Sim, se tiver que trocar cinco, eu troco. Não tem problema. Ninguém quer trocar o presidente da Petrobras para interferir. Quer trocar porque ele não tem aquele sentimento social que está previsto em lei”, disse o presidente, que recentemente reclamou sobre os “lucros absurdos” da Petrobras, chegando a chamar de “estupro” o rendimento relatado pela empresa em seu balanço.
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