O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 3,0 pontos em julho, na comparação com o mês anterior. Essa queda eliminou o avanço de 2,4 pontos em junho e fez o indicador atingir 119,3 pontos, voltando ao nível de maio. A saber, o IIE-Br estava em 115,1 pontos em fevereiro de 2020, último mês antes da pandemia da Covid-19.
Dessa forma, o indicador fica ainda mais longe da sua máxima histórica, de 210,5 pontos, alcançada na passagem de março para abril do ano passado. Aliás, a disparada aconteceu justamente por causa da pandemia, que trouxe incertezas para todo o mundo. A Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (30).
“A melhora dos números da pandemia no Brasil e a recuperação gradual da atividade econômica motivaram a redução do nível de incerteza no mês”, afirmou a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia. Segundo a economista, ambos os componentes do indicador recuaram no mês, puxando-o para baixo.
“Para um recuo mais expressivo das incertezas neste segundo semestre de 2021, é preciso que os fatores que motivaram a queda do indicador em julho continuem melhorando de forma sustentável nos próximos meses”, ponderou Anna Carolina.
Componentes de mídia e expectativa caem no mês
De acordo com a FGV, os dois componentes do IIE-Br seguiram a mesma direção em julho, após ambos apresentarem trajetórias diferentes no mês passado. Em resumo, o componente de mídia caiu 2,8 pontos, para 118,9 pontos. Assim, contribuiu com 2,4 pontos para a queda do IIE-Br no mês.
Da mesma forma, o componente de expectativas recuou em junho (-2,5 pontos), para 113,2 pontos. O componente contribuiu com 0,6 ponto para a queda do IIE-Br, ao emendar a quarta retração seguida. Em síntese, este componente mede a dispersão das previsões para os próximos 12 meses.
Por fim, vale dizer que, o componente de expectativa conseguiu cair para o menor nível desde janeiro de 2020 (112,5 pontos). Isso quer dizer que eliminou todo o crescimento da incerteza no país desde o início da pandemia. A saber, o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a retomada econômica são os principais motores dessas quedas.
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