O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) emendou a terceira queda seguida em sua taxa. Em suma, o IIE-Br despencou 9,2 pontos em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com o resultado, o índice caiu para 128,2 pontos. Aliás, durante a pandemia da Covid-19, esta foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo do nível máximo anterior a esta crise, de 136,8 pontos em setembro de 2015.
A saber, o indicador alcançou o seu pico histórico em novembro de 2020, aos 145,8 pontos. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (2).
Vale ressaltar que, segundo o levantamento, a queda do indicador recebeu influência direta do início da vacinação em vários países do mundo. Além disso, há claro aumento do aumento das expectativas em relação à possível recuperação econômica e social nos próximos meses. Contudo, a FGV lembra que os avanços tendem a ser modestos.
“A melhora dos indicadores (de mídia e expectativa) tem respaldo no avanço da campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil, que, apesar de conturbada, e competindo com a piora da pandemia nos estados, impacta positivamente o cenário econômico e as expectativas dos agentes para um possível retorno à normalização da economia. Apesar dos avanços recentes, situação sanitária ainda difícil, o ritmo relativamente lento da campanha de imunização e a situação fiscal desafiadora tendem a manter os níveis de incerteza ainda acima dos níveis pré-pandemia por algum tempo”, afirmou a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia.
Veja o que puxou a queda do indicador de incerteza
Em resumo, os dois componentes do IIE-Br caíram em fevereiro, puxando o indicador para baixo. Nesse sentido, o componente de mídia caiu 6,1 pontos, para 122,2 pontos. Da mesma forma, o componente de expectativas emendou a terceira queda, de 18,2 pontos, para 140,5 pontos. Em síntese, este componente mede a dispersão das previsões para os próximos 12 meses. Com estas variações, o componente de mídia contribuiu em 5,3 pontos para a queda do IIE-Br, enquanto o de expectativas ajudou com 3,9 pontos.
Por fim, vale dizer que, apesar das quedas, ambos os componentes ainda não conseguiram devolver os avanços da incerteza nos piores momentos da pandemia. O componente mídia devolveu 89% das altas dos meses de março e abril de 2020, auge da pandemia, até então, no Brasil. Já o componente de expectativa conseguiu devolver 79% dos aumentos da incerteza.
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