O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,9 ponto em agosto deste ano na comparação com o mês anterior. Essa é a quinta alta seguida e mostra que a recuperação do indicador continua firme. Aliás, com o resultado do mês passado, o índice subiu para 90,1 pontos.
A saber, o avanço fez o indicador ficar ainda mais próximo do patamar de fevereiro do ano passado (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. Vale lembrar que a crise sanitária impactou negativamente diversos setores econômicos e provocou a perda de centenas de milhões de empregos em todo o mundo.
Com o resultado de agosto, o indicador também subiu 2,3 pontos em médias móveis trimestrais, para 89,0 pontos. A propósito, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta quarta-feira (8).
“O IAEmp avança pelo quinto mês consecutivo e se aproxima do nível pré pandemia. Após o impacto da segunda onda da Covid, o movimento iniciado de flexibilização desde então parece ter contribuído para a retomada do mercado de trabalho”, destacou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“O resultado mais tímido do indicador nesse mês sugere que essa recuperação ainda deve ser gradual. O controle da pandemia e a melhora do setor de serviços, setor que mais emprega, são fundamentais para a continuidade desse cenário positivo“, acrescentou Tobler.
Maioria dos componentes do indicador sobe em agosto
De acordo com os dados, quatro dos sete componentes do IAEmp subiram em agosto, impulsionando-o no mês. O destaque desta atualização ficou com o indicador que mede a situação dos negócios no setor de serviços, que saltou 7,4 pontos, ajudando com 1,1 ponto no avanço do indicador de emprego.
Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.
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