O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 4,2 pontos em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Essa é a terceira alta seguida e mostra que o ritmo do indicador está mais forte. Aliás, com o resultado, o índice subiu para 87,6 pontos.
A saber, o avanço do indicador o fez atingir o maior patamar desde fevereiro do ano passado (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. Vale lembrar que a crise sanitária impactou negativamente diversos setores econômicos e provocou a perda de centenas de milhões de empregos em todo o mundo.
Voltando ao IAEmp, o indicador subiu 1,6 ponto em abril e 4,7 pontos em maio. Assim, encerrou o segundo trimestre deste ano com alta de 3,5 pontos, segunda taxa positiva após quatro meses consecutivos de queda. A propósito, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta terça-feira (6).
“O mercado de trabalho começa a dar sinais de recuperação. O indicador antecedente de emprego fechou o segundo trimestre recuperando as perdas sofridas no início do ano e retornando ao maior patamar desde o início da pandemia”, destacou o economista da FGV, Rodolpho Tobler.
“A recuperação econômica, a redução do número de mortes por Covid-19 e a flexibilização das medidas restritivas parecem contribuir com a melhora do cenário. A expectativa para os próximos meses é de continuidade dessa recuperação, mas ainda existe muita incerteza. O avanço da vacinação e o controle da pandemia continuam sendo fundamentais para o processo de retomada“, acrescentou Tobler.
Maioria dos componentes do indicador sobem em maio
De acordo com os dados, todos os sete componentes do IAEmp subiram em junho, puxando-o para cima. O destaque do mês ficou com o indicador que mede a tendência dos negócios do setor de serviços, que saltou 8,1 pontos, ajudando em 24% a melhora do indicador agregado.
Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.
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