O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 4,5 pontos em abril deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse é o primeiro avanço após cinco meses de queda.
Com isso, o IAEmp subiu para 79,5 pontos em abril, maior patamar desde dezembro do ano passado (81,8 pontos). Embora tenha avançado no mês, o indicador continua distante do patamar de fevereiro de 2020 (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19
Vale lembrar que a crise sanitária impactou negativamente diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, inclusive no Brasil. Por isso que o IAEmp ainda está em um nível bastante baixo.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta quinta-feira (5).
“A melhora no mês precisa ser contextualizada porque o indicador continua em patamar baixo e foi puxada pelo setor de serviços, que foi mais impactado por ondas da pandemia, como no início em 2022, e que ainda tem espaço para recuperação”, explicou o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.
“O principal desafio nos próximos meses será a manutenção desse resultado positivo que dependerá da melhora do ambiente macroeconômico”, acrescentou Tobler.
Todos os sete componentes do indicador sobem em abril
De acordo com os dados, todos os sete componentes do IAEmp subiram no mês passado. O destaque do mês foi o setor de serviços, cujos componentes tiveram os seguintes avanços: situação atual dos negócios (1,6 ponto), tendência dos negócios (0,7 ponto) e emprego previsto (0,4 ponto).
Da mesma forma, os componentes da indústria também subiram em abril. As altas foram as seguintes: situação atual dos negócios (1,2 ponto), emprego previsto (0,4 ponto) e tendência dos negócios da indústria de transformação (0,1 pontos).
Por sua vez, o único componente da sondagem do consumidor, de emprego local futuro, teve uma tímida alta de 0,1 ponto no mês.
Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.
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