A economia da América Latina continua enfrentando desafios em 2022. O Índice de Clima Econômico da América Latina (ICE) avançou no quarto trimestre deste ano, mas a pontuação segue desfavorável.
Em resumo, o índice subiu de 11,8 pontos em relação ao terceiro trimestre, de 54,7 pontos para 66,5 pontos. Embora tenha avançado, o indicador continua longe da zona favorável do ciclo econômico, acima dos 100 pontos.
A propósito, o levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), teve os dados atualizados nesta quarta-feira (23).
De acordo com o FGV Ibre, o ICE é formado pelo Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE). Enquanto o ISA disparou 22,7 pontos no trimestre, para 67,0 pontos, o IE teve leve alta de 0,6 ponto, para 66,1 pontos.
A saber, o ISA permanece em um nível considerado muito baixo. Inclusive, o indicador está abaixo dos 100 pontos desde julho de 2012, ou seja, há mais de dez anos que a América Latina não tem uma situação atual favorável.
Já o IE passou boa parte dos últimos anos na zona favorável do ciclo econômico. Contudo, o resultado atual mostra que as expectativas para os próximos meses se mantiveram praticamente estáveis, em nível bastante desfavorável.
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Veja dados dos países da América Latina
Em suma, o Ibre analisa o clima econômico nas dez maiores economias da América Latina. No quarto trimestre, o ICE subiu em cinco países: Brasil (+30,0 pontos), México (+14,0 pontos), Paraguai (+13,6 pontos), Peru (+7,8 pontos) e Bolívia (+3,8 pontos).
Por outro lado, o indicador caiu nos outros cinco países: Uruguai (-14,4 pontos), Equador (-5,5 pontos), Colômbia (-4,1 pontos), Argentina (-4,0 pontos) e Chile (-1,7 ponto).
Após estes resultados, somente duas nações se mantiveram na zona favorável. Veja abaixo os dados dos dez países:
- Paraguai (114,7 pontos)
- Uruguai (108,2 pontos)
- Brasil (84,5 pontos)
- Bolívia (71,4 pontos)
- Colômbia (68,5 pontos)
- Equador (65,0 pontos)
- México (62,7 pontos)
- Peru (57,5 pontos)
- Chile (34,5 pontos)
- Argentina (21,8 pontos).
A saber, o Brasil registrou forte alta de 49,4 pontos do Indicador da Situação Atual (ISA) e de 10,2 pontos do Indicador de Expectativas (IE), impulsionando o resultado trimestral do ICE.
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