O setor de serviços desacelerou em janeiro deste ano, assim como a indústria brasileira. A saber, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto encerrou o mês em 50,9 pontos, ante 52 pontos em dezembro. Com isso, o índice caiu para o menor nível em nove meses.
Embora o índice tenha recuado, ainda continua indicando expansão. Em resumo, o PMI varia de 0 a 100, e a marca de 50 pontos indica neutralidade. Isso quer dizer que patamares superiores a essa marca representam expansão da atividade, enquanto níveis menores indicam retração. Aliás, a IHS Markit divulgou os dados na última quinta-feira (3).
O PMI sofreu no primeiro mês de 2022 com a desaceleração observada tanto nos serviços quanto na indústria do país. O grande destaque negativo ficou com a produção industrial, que registrou um declínio acentuado dos pedidos a fábricas. Isso fez o indicador apresentar o ritmo mais fraco de expansão dos últimos nove meses.
Veja mais detalhes do desempenho do indicador em janeiro
De acordo com o levantamento, o PMI do setor de serviços também contribuiu com a desaceleração do indicador em janeiro. Em suma, o índice caiu de 53,6 em dezembro para 52,8. Apesar do decréscimo, o setor avançou no mês, impulsionado pela retomada de eventos no país devido à flexibilização de diversas medidas de isolamento social.
Em contrapartida, o país sofreu com a falta de investimentos no setor justamente por causa da escalada da pandemia da Covid-19. Empresas do setor de serviços afirmaram que houve aumento dos custos com alimentação, energia, combustíveis, medicamentos, funcionários e transporte em janeiro.
Segundo o IHS Markit, o aumento dos custos estavam relacionados à escassez no fornecimento, à crise do transporte e à desvalorização do real. Além disso, a inflação elevada continua preocupando tanto os serviços quanto a indústria. Assim, os custos tendem a crescer e, consequentemente, serem repassados para a população.
Por fim, as empresas dos serviços acreditam que a pandemia fará o setor recuar nos próximos meses. Aliás, o indicador de empregos até subiu em janeiro, mas o ritmo foi o mais lento dos últimos oito meses de expansão. Já as indústrias observaram uma alta menos intensa dos preços dos insumo, mas as preocupações com a inflação continuam.
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