O advogado Cristiano Zanin, que na quarta-feira (21) foi sabatino no Senado, podendo assim ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), começou a deixar nesta quinta-feira (22) a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em processos que ainda tramitam na Justiça.
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De acordo com informações reveladas pelo canal “CNN Brasil”, nos pedidos, Cristiano Zanin também pediu a retirada de seu nome das ações em que atuou, um movimento que era esperado, mas que não deve mudar o fato de que o defensor deve se declarar impedido para julgar no STF os processos em que advogou enquanto advogado.
“Pelo presente instrumento, Cristiano Zanin Martins, advogado habilitado nos autos em epígrafe, renuncia aos poderes que lhe foram outorgados, ficando mantidos os demais advogados constituídos. Requer-se ainda, por consequência, a exclusão do nome deste subscritor do sistema em relação ao patrocínio da causa”, disse ele na petição que foi enviada ao STF e também ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Assim como publicou o Brasil123, Cristiano Zanin foi indicado por Lula e teve seu nome aprovado no Senado por um placar de 58 a 18. Nesta quinta, ele se encontrou com a presidente da Corte, a ministra Rosa Weber, que marcou sua posse para o dia 03 de agosto – ele também se reuniu com os outros ministros do Supremo.
Um dos casos em que Cristiano Zanin deixou a atuação é uma reclamação no Supremo que tinha a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, que é quem ele vai substituir. Na ação, o advogado conseguiu o direito de acessar a íntegra do acordo de leniência da construtora Odebrecht e da operação Spoofing, com as mensagens hackeadas entre promotores da Lava Jato.
Foram essas informações que ajudaram a defesa de Lula conseguir a suspensão e o consequente encerramento de ações da Lava Jato contra Lula. Diversos réus e investigados na operação pediram – e conseguiram – a extensão dos efeitos dessa decisão para seus casos, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-senador Edison Lobão (MDB).
Não suficiente, Cristiano Zanin também pediu para deixar a representação jurídica no TSE da Coligação Brasil da Esperança, que elegeu Lula presidente nas eleições de 2022. A coligação em questão entrou com inúmeras ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para, por exemplo, ter direitos de respostas por conta de declarações feitas pelo ex-chefe do Executivo durante as eleições.
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