A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou nesta segunda-feira (17) o seu relatório mais recente sobre os impactos da pandemia da Covid-19 no planeta. De acordo com o documento, a recuperação global de empregos atrasará devido às incertezas em torno da crise sanitária e da variante Ômicron.
Em resumo, muitos especialistas acreditam que a Ômicron não será a última variante da Covid-19. Além disso, a farmacêutica Moderna afirmou que os dados das suas vacinas contra a cepa sairão apenas em março.
Nesta segunda, a diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, também disse que ainda não é possível afirmar que a pandemia está no fim. As declarações ocorrem, pois muito se falou sobre a Ômicron ter uma transmissibilidade muito alta, mas uma letalidade relativamente baixa.
Por falar nisso, os casos diários de Covid-19 registrados no planeta vêm batendo recorde recorrentemente nos últimos dias. Desde o último dia 8 que a média diária de novos casos supera os 2 milhões no mundo. A saber, o planeta nunca havia registrado mais de um milhão de casos por dia até o final de dezembro, quando a Ômicron começou a comprovar sua alta taxa de transmissibilidade.
Seja como for, a agência da ONU estima que o mundo terá cerca de 52 milhões de empregos a menos em 2022, em relação aos níveis vistos antes da pandemia. Esses dados correspondem ao dobro da estimativa anterior da OIT, divulgada em junho do ano passado.
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A entidade também divulgou dados das suas projeções para 2023. Em suma, a agência projeta cerca de 27 milhões de empregos a menos no planeta no próximo ano. A propósito, os dados estão presentes no relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo em 2022.
“As perspectivas do mercado de trabalho global se deterioraram desde as últimas projeções da OIT; um retorno ao desempenho pré-pandemia provavelmente permanecerá indefinido para grande parte do mundo nos próximos anos“, disse o relatório.
A saber, a OIT estima que haja 207 milhões de pessoas desempregadas no mundo em 2022. Aliás, a entidade afirma que as dificuldades para o mercado de trabalho global ficarão maiores porque muita gente ainda não retornou à força de trabalho.
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