O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 0,9 ponto em abril, na comparação com março. A segunda queda consecutiva fez o indicador cair para 85,9 pontos, afastando-o ainda mais da marca dos 100 pontos, considerada faixa de neutralidade.
Em resumo, taxas inferiores a 100 pontos indicam pessimismo do setor, e os empresários do comércio estão bastante preocupados com o futuro. Aliás, foi a forte queda de 6,8 pontos do Índice de Expectativas (IE-COM) que derrubou o indicador de confiança do comércio em abril.
A saber , o Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 5,3 pontos neste mês e limitou o tombo do Icom, mas não impediu a queda. O indicador subiu para 92,9 pontos, mas ainda indica pessimismo com o futuro, apesar de a taxa estar bem melhor que a de março. Já o IE-COM caiu para 79,6 pontos, menor patamar desde março de 2021 (70,2 pontos).
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (28).
Incertezas com o futuro derrubam confiança
Em abril, dois dos seis principais segmentos do comércio caíram. Embora tenha havido mais avanços no mês, o indicador de confiança acabou caindo devido aos fortes impactos provocados pelas incertezas com o futuro.
“Para os próximos meses, o cenário ainda parece incerto, dado que as perspectivas dos empresários sobre vendas, tendência dos negócios e emprego são de queda, o ambiente macroeconômico complicado e a confiança dos consumidores oscilando em patamar baixo”, explicou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler.
Nos ano passado, os empresários do país estavam bem mais preocupados com o cenário atual do que com o futuro. Contudo, a situação se inverteu nos últimos meses de 2021, quando a confiança dos empresários com o presente passou a se fortalecer, mas as expectativas com o futuro passaram a se degradar.
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