O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 3,8 pontos em outubro deste ano, na comparação com setembro. O recuo sucede dois meses de queda e faz o indicador cair para 101,8 pontos, resultado que ainda supera a marca dos 100 pontos, considerada faixa de neutralidade.
Em resumo, taxas inferiores a 100 pontos indicam pessimismo do setor, enquanto taxas superiores indicam otimismo. E os empresários do comércio estão levemente confiantes com o setor no país.
A saber, a forte queda do Icom em outubro aconteceu devido à incerteza com o futuro. Isso porque o Índice de Expectativas (IE-COM) tombou 4,1 pontos, para 93,8 pontos. Isso mostra que os empresários do comércio estão levemente pessimistas com o futuro do setor no país.
Por sua vez, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,4 pontos neste mês, para 102,3 pontos. Nesse caso, os empresários estão otimistas com a situação atual do comércio brasileiro, apesar das incertezas com o futuro.
“Após dois meses em alta, a confiança do comércio voltou a cair em outubro. A queda no mês ocorreu tanto na percepção sobre o momento presente quanto com as expectativas com os próximos meses”, disse Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (28).
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Incertezas com o futuro derrubam confiança
O levantamento destacou que os indicadores sobre o futuro continuam em nível inferior ao dos indicadores sobre o presente desde abril. Em síntese, a cautela com o futuro está se mostrando intensa a ponto de segurar o IE-COM abaixo dos 100 pontos.
“Chama a atenção a percepção dos empresários de piora no volume de demanda atual, sugerindo certa desaceleração no ritmo de vendas do setor. Para os próximos meses o cenário ainda é incerto”, disse Tobler.
“No curto prazo, existem notícias favoráveis do mercado de trabalho, da confiança dos consumidores e da desaceleração da inflação. Por outro lado, o cenário macroeconômico ainda é delicado e a expectativa de desaceleração da economia na virada do ano deve afetar o setor”, acrescentou.
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