Um confronto em uma boate de Sorong, cidade localizada na província de Papua Ocidental, na Indonésia, culminou na morte de pelo menos 18 pessoas. De acordo com a agência de notícias “AFP”, a confusão, além de uma grande briga, também gerou um incêndio no local – essa foi a causa de praticamente todas as mortes.
Incêndio em boate mata 16 pessoas em Camarões
Em entrevista à agência, Ary Nyoto Setiawan, que é chefe de polícia de Sorong, relatou que o confronto fatal aconteceu no final da noite de segunda-feira (24) e foi registrado por conta de conflitos iniciados no sábado (22).
Conforme Ary Nyoto, das mortes, 17 foram por conta do incêndio e uma por conta das brigas – a vítima foi esfaqueada. “Encontramos 17 corpos na Double O [nome do local], estavam no segundo andar. Transportamos os corpos para o hospital”, disse o agente público.
“A casa noturna foi incendiada a partir do primeiro andar. Tentamos retirar o maior número de pessoas possível, mas depois que os bombeiros apagaram as chamas, encontramos alguns corpos”, declarou o chefe de polícia, relatando que a corporação ainda investiga a causa do incêndio.
Briga entre grupos étnicos
Segundo Ary Nyoto, os indivíduos que estavam em confronto representam dois grupos étnicos. Ainda conforme o policial, as autoridades, antes do grande número de mortes, tentaram se reunir com os líderes dessas organizações, mas sem sucesso.
“Começou com uma divergência entre dois membros de cada grupo. Até tentamos mediar entre os grupos e convocar os líderes antes do conflito da noite, mas sem sucesso”, relatou ele, finalizando que a polícia enviou reforços à cidade para evitar novos conflitos.
De acordo com as informações, Sorong é o ponto de acesso às ilhas Raja Ampat, ricas em corais, e é a maior cidade na província de Papua Ocidental, controlada pela Indonésia desde 1964. Apesar de ser um local tranquilo, a região tem sofrido por conta de conflitos entre separatistas e as forças de segurança indonésias.
Esses grupos rebeldes estão deflagrando ataques em rodovias, escolas e até hospitais que supostamente têm vínculos com os militares. Em resposta, as autoridades reforçaram a presença de militares e policiais.
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