O número de inadimplentes no Brasil bateu um novo recorde em maio, segundo a Serasa Experian. A saber, o país tinha 66,6 milhões pessoas com o nome sujo ao final do quinto mês de 2022. Esse é o maior patamar de inadimplência já registrado pela série histórica, que teve início em 2016.
Desde o início deste ano, quase dois milhões de brasileiros passaram a integrar o grupo de inadimplentes do país. Com isso, o número de pessoas com dívidas atrasadas superou a fase mais aguda da pandemia da covid-19, em abril de 2020. À época, a inadimplência havia atingido 65,9 milhões de brasileiros.
Aliás, a pandemia da covid-19 fez os brasileiros se afundarem em dívidas. Embora o quadro sanitário esteja bem melhor devido às vacinas, os impactos financeiros e econômicos da pandemia continuam afetando significativamente a população.
Em resumo, a inflação elevada está reduzindo o consumo da população. Inclusive, o aumento dos preços de bens e serviços continua acontecendo, apesar de o Banco Central (BC) já ter elevado 11 vezes consecutivas a taxa básica de juro no país. Em meio a tudo isso, a população sofre com a redução da renda e o crescimento da inadimplência.
Inadimplência cresce pelo sexto mês consecutivo
O levantamento revelou que o valor total das dívidas dos negativados do Brasil chegou a R$ 278,3 bilhões em maio, alta de 2,47% em um mês. A média dos valores de cada dívida chegou a R$ 4.179,50. Aliás, maio foi o sexto mês consecutivo de crescimento da inadimplência no país.
De acordo com o levantamento, 28,2% das dívidas atrasadas são referentes a cartões de crédito e bancos. Em segundo lugar, estão as dívidas com contas domésticas (água, luz e gás), que respondem por 22,7% do total. Fechando o top três ficam os débitos com o setor de financeiras, com uma taxa de 12,5%.
O levantamento também revelou as unidades da federação que possuíam o maior número de inadimplentes do país. Veja as cinco primeiras abaixo:
- São Paulo: 15,6 milhões de inadimplentes;
- Rio de Janeiro: 6,7 milhões;
- Minas Gerais: 6,3 milhões;
- Bahia: 4,1 milhões;
- Paraná: 3,5 milhões.
Por outro lado, Roraima ficou na ponta de baixo da lista, com o menor número de negativados do país (218.922).
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