A cidade de São Paulo atingiu uma marca preocupante em outubro. De acordo com a FecomercioSP, a inadimplência atingiu 1,03 milhão de lares paulistanos no mês passado. Os dados foram divulgados na quarta-feira (9).
Essa é a maior marca já registrada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. A saber, a FecomercioSP começou a realizar a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) em agosto de 2010.
Em resumo, a pessoa inadimplente é aquela que possui dívidas ou contas em atraso. A propósito, há algumas dicas que podem livrar o consumidor da inadimplência. Confira este texto e veja como se livrar dessa enorme dor de cabeça.
Além disso, a pesquisa revelou que 25,5% dos lares paulistanos estavam com dívidas atrasadas em outubro. Esse percentual superou a taxa registrada em agosto (24,8%), quando ocorreu a última Peic na capital paulista.
Aliás, a taxa de contas em atraso foi bem maior que a registrada em outubro de 2021 (19,7%). Em números absolutos, 240 mil novos lares entraram no grupo daqueles que não pagam suas dívidas em dia.
SALÁRIO MÍNIMO deveria ter sido de R$ 6.458,86 em outubro
Famílias de renda mais baixa sofrem mais
A FecomercioSP revelou que as famílias de renda mais baixa sofrem mais com as contas em atraso em São Paulo. Em resumo, a inadimplência chegou a 31,5% nos lares que ganham até dez salários mínimos. Já entre as famílias que recebem mais de dez salários mínimos, a taxa ficou em 10,6%.
“As famílias de baixa renda apresentam dificuldades de renegociação de dívidas, uma vez que não contam com garantias ou proteções financeiras. Consequentemente, os juros são mais elevados, afetando a capacidade de consumo no dia a dia”, disse a FecomercioSP, em nota.
Por fim, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a inadimplência bateu recorde no país em outubro. Isso mostra que a situação não está difícil apenas para os paulistanos, mas para milhões de brasileiros.
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