Impeachment contra o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. É isso que defende a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), que protocolou o pedido nesta quarta-feira (06) sob a alegação de que o chefe da pasta cometeu crime de responsabilidade e por isso não deve seguir na função pública.
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O pedido da imprensa foi encaminhado para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). No documento, a entidade acusa Pazuello de cometer “práticas delituosas, que afrontam a Constituição Federal, em especial o artigo 196, que afirma ser a Saúde direito de todos e dever do Estado”.
Além disso, a associação afirma que o ministro foi “complacente quanto ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, tais como a hidroxicloroquina, a cloroquina, a ivermectina e azitromicina“.
“O ministro Eduardo Pazuello dá repetidas demonstrações de incompetência, ineficiência e incapacidade para desempenhar as tarefas de seu cargo. Não só não providenciou as imprescindíveis vacinas, como negligenciou até mesmo a aquisição de simples seringas para aplicá-las”, criticou a ABI no pedido.
Barreiras criadas pelo ministro
No documento, a associação afirma que Pazuello criou “obstáculos para a utilização da Coronavac [produzida pelo Instituto Butantan, do estado de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês SinoVac], por motivos ideológicos”.
A ABI também citou Jair Bolsonaro (Sem Partido). De acordo com a associação, a postura negacionista do presidente não pode servir como escudo para Pazuello. “O ministro não pode escudar-se nesse fato para se abster de tomar as providências básicas que a função requer”.
Por fim, o pedido relata que é inaceitável a justificativa apresentada por Pazuello para não cumprir obrigações básicas. “Ao afirmar que ‘um manda, o outro obedece’, o ministro lava as mãos e abdica de suas obrigações como ministro”, analisou a ABI. O objetivo final da ABI, além de tirar Pazuello do cargo, é deixá-lo afastado por até cinco anos para o exercício de qualquer função pública.