Os brasileiros continuam pagando ainda mais impostos em 2021. Pelo menos é o que indica o Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que revela de forma online o montante arrecadado no Brasil em tempo real.
Em resumo, os brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos em 2021. A saber, essa marca foi alcançada apenas em 22 de dezembro no ano passado. Contudo, neste ano, isso aconteceu em 13 de outubro.
Aliás, o valor total de impostos pagos pela população em 2019 totalizou R$ 2.504.853.948.529,48. No entanto, em 2020, o valor chegou a R$ 2.057.746.503.833,16, o que indica queda de R$ 447 bilhões. A propósito, essa foi a primeira queda anual desde 2005, ano de criação do impostômetro.
De acordo com a ACSP, a crise econômica causada pela Covid-19 reduziu os impostos pagos no Brasil em 2020. Nesse caso, o setor terciário, que inclui comércio e prestação de serviços, figurou como o principal destaque negativo de 2020. O setor concentra mais de 70% dos empregos gerados no Brasil.
O montante apresentado pelo impostômetro indica o total de impostos, taxas, multas e contribuições que os brasileiros deverão pagar para União, estados e municípios. Por isso, a tendência indicava alta dos valores em 2021.
“A retomada da atividade econômica, devido ao avanço da vacinação, é um dos principais fatores que levaram ao aumento do valor pago em impostos”, explicou o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa.
Impostômetro utiliza dados econômicos oficiais
Em suma, desde a criação do impostômetro, em 2005, os valores subiram em todos os anos. Isso aconteceu porque os impostos acompanham o crescimento da economia e o aumento dos preços dos produtos. Contudo, a crise sanitária fez a arrecadação de impostos cair em 2020.
Agora, em 2021, a arrecadação de impostos também está sendo impulsionada pela elevação dos preços dos produtos e serviços. A ASCP cita o forte avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano, cuja variação acumulada está em 6,90%. A saber, o indicador é a inflação oficial do país.
Além disso, a associação citou a melhora da economia brasileira, possível graças ao avanço da vacinação no país. Assim, o país alcançou a marca de R$ 2 tilhões com uma antecedência de quase 70 dias na comparação com 2020.
Por fim, para alcançar os valores, o impostômetro calcula os dados utilizados por Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).