Os brasileiros estão pagando muitos impostos em 2022, e o nível já supera significativamente o do ano passado. Pelo menos é o que indica o Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que revela de forma online o montante arrecadado no Brasil em tempo real.
Em resumo, os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em impostos em 2022. A saber, essa marca foi alcançada apenas em 19 de maio no ano passado. Contudo, neste ano, isso aconteceu nesta terça-feira, 3 de maio, à 1h37.
Aliás, a população pagou R$ 2.504.853.948.529,48 em 2019. No entanto, em 2020, o valor totalizou R$ 2.057.746.503.833,16, queda de R$ 447 bilhões. Essa foi a primeira queda anual desde 2005, ano de criação do impostômetro, e ocorreu devido à crise econômica causada pela pandemia da Covid-19, que reduziu os impostos pagos no Brasil em 2020.
Já em 2021, o valor total de impostos pago pelos brasileiros foi de R$ 2.592.601.562.926,43, alta de 26% em relação ao ano anterior.
Em resumo, o montante apresentado pelo impostômetro indica o total de impostos, taxas, multas e contribuições que os brasileiros deverão pagar para União, estados e municípios.
Impostômetro utiliza dados econômicos oficiais
Desde a criação do impostômetro, em 2005, os valores subiram em todos os anos. Isso aconteceu porque os impostos acompanham o crescimento da economia e o aumento dos preços dos produtos. Contudo, a crise sanitária fez a arrecadação de impostos cair em 2020.
Por outro lado, em 2021, a arrecadação de impostos foi impulsionada pela elevação dos preços dos produtos e serviços. O forte avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, elevou a quantidade de impostos pagos pelos brasileiros.
Isso também vem acontecendo em 2022, com a inflação anual acima de 11%. “Quanto maior o preço, maior o imposto embutido. Alguns itens estão extremamente tributados, como o caso dos combustíveis e da energia elétrica”, afirmou Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Por fim, para alcançar os valores, o impostômetro calcula os dados utilizados por Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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