Nesta terça-feira (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que o governo pretenda acabar com as deduções de gastos com saúde e educação do Imposto de Renda (IR).
Tal declaração foi dada durante evento da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), na qual o ministro afirmou que o governo não pretende fazer pacotes que afetem os empresários e a classe média.
Imposto de renda
De acordo com o ministro, a ideia chegou a ser estudada durante as discussões da reforma tributária, no entanto, foi descartada.
Ainda mais, ele afirmou que o governo estuda corrigir a tabela do Imposto de Renda e aumentar as isenções para as classes mais baixas.
Salário mínimo
Além disso, o ministro também voltou a negar que pretenda mudar as regras para que o salário mínimo e a aposentadoria passem a ser corrigidos abaixo da inflação.
Assim, ele afirmou que os trabalhadores, aposentados e pensionistas tiveram a inflação reposta, mesmo durante a pandemia.
“Vencida e ultrapassada a pandemia, aumentos de salários e benefícios podem ser inclusive acima da inflação”, declarou o ministro.
Diante de todo esse cenário, Guedes negou a intenção de anunciar pacotes que afetem o empresariado e a classe média.
De acordo com ele, todas as medidas econômicas são discutidas com antecedência e em diálogo com a sociedade.
“Não vamos dar susto em ninguém, não tem pacote do Guedes. Tudo o que vamos fazer, anunciamos antes”, disse.
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Crescimento e reforma tributária
Por fim, o ministro pontuou que o Brasil deverá crescer entre 3% e 4% nos próximos dez anos.
Contudo, ele cobrou a aprovação da reforma tributária aprovada pela Câmara no ano passado e que está parada no Senado.
Segundo a versão aprovada pelos deputados, a proposta institui a tributação de dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas), mas traz impacto fiscal negativo ao reduzir a tributação sobre o lucro das empresas.
Já em relação às cooperativas, Guedes declarou que a geração de uma economia de mercado com classe média forte passa pela ampliação do cooperativismo.
Assim, ele defendeu a manutenção de regimes especiais de tributação para as cooperativas, com uma transição para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
Com informações da Agência Brasil
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