O Relatório da Inadimplência da Serasa do mês junho indica boas notícias para os brasileiros. Nesse sentido, os números apresentam resultados positivos visando beneficiar as finanças de milhões de cidadãos que estão com o nome negativado.
A saber, em junho, o número de inadimplentes no Brasil teve a primeira queda de 2023, conforme os dados divulgados pelo Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Assim, o total de negativados chegou a 71,45 milhões, que representa uma redução de 450 mil pessoas relacionado ao mês anterior, equivalente a uma queda de 0,63%.
Queda no percentual de negativados é animador, de acordo com a Serasa
Desde que o ano começou, o número de inadimplentes só aumentava no país e atingiu 71,9 milhões em maio, segundo apontou a instituição. Todavia, em junho, esse número diminuiu para 71,45 milhões.
Diante disso, a gerente da Serasa Limpa Nome, Aline Maciel, informou que, mesmo com o cenário econômico ainda desfavorável, com alta inflação e juros, a primeira queda na inadimplência do ano é um dado muito importante, podendo assim, sinalizar melhorias na saúde financeira dos consumidores.
Aliás, a Serasa, em parceria com bancos participantes do programa, conseguiu realizar cerca de 900 mil negociações de dívidas até a sexta-feira (21). Este é um aumento de 80% em relação à média usual de acordos na plataforma. Em suma, os números incluem todas as negociações realizadas na plataforma Serasa Limpa Nome e não se limita somente às dívidas do Programa Desenrola Brasil.
Programa Desenrola Brasil e a negociação de dívidas
Antes de tudo, o Programa Desenrola Brasil abrange a Faixa 2, incluindo a população com renda de dois salários mínimos até R$ 20 mil por mês. Assim, o programa permite a quitação das dívidas nos canais indicados pelos agentes financeiros. Portanto, existe a possibilidade de parcelamento em, no mínimo, 12 prestações. Do mesmo modo, é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.
Na atual fase do programa, os nomes de cidadãos com dívidas de até R$ 100 serão retirados do cadastro de devedores. Isso garantirá que cerca de 1,5 milhão de pessoas tenham novamente acesso ao crédito, conforme o Ministério da Fazenda.
Em síntese, o Desenrola Brasil é um programa lançado pelo Governo Federal visando auxiliar a população brasileira com dívidas. Dessa forma, a plataforma da Serasa fornece informações básicas sobre seu funcionamento, bem como condições e perfis que se encaixam no programa. Com isso, para conhecer detalhes sobre as faixas de negociação, os interessados podem acessar o site oficial do birô de crédito.
É importante deixar claro que nos primeiros cinco dias de operação, o programa Desenrola Brasil já “desnegativou” os nomes de mais de 2 milhões de cidadãos. Isso, segundo o primeiro balanço divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na prática, os bancos retiraram anotações negativas de clientes que possuíam dívidas bancárias de até R$ 100. Apesar disso, é válido ressaltar que, mesmo com o nome limpo, os débitos ainda existem e devem ser pagos para evitar juros e multas.
Desde que as operações começaram, na segunda-feira (17), o programa já gerou a renegociação de cerca de R$ 500 milhões em mais de 150 mil contratos de dívidas. Assim, a Febraban irá fornecer periodicamente balanços parciais sobre os resultados do programa.
Vale destacar que cada banco tem suas próprias políticas de adesão ao Desenrola Brasil, contando com a participação confirmada de instituições como:
- Itaú;
- Santander;
- Banco do Brasil;
- Caixa Econômica Federal;
- Bradesco;
- Nubank.
Primordialmente, as condições para renegociação são definidas por cada instituição bancária.
Expectativa para as renegociações de dívidas
Sobretudo, o Desenrola Brasil estima alcançar mais de 70 milhões de cidadãos com diferentes situações de endividamento. Sendo assim, seu público-alvo abrange pessoas com renda de até R$ 20 mil mensais e dívidas, independente de serem bancárias ou não, que foram adquiridas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
Com isso, para que uma dívida possa ser renegociada no programa, é fundamental que ela esteja em aberto. Se o devedor cumprir os requisitos, o débito deverá ser parcelado e pago em 12 meses, no mínimo.
Nesse sentido, as empresas que aderirem ao programa devem perdoar imediatamente dívidas de até R$ 100. Assim, tendo a certidão positiva para crédito, os consumidores poderão solicitar empréstimos, além de abrir contas em instituições bancárias, bem como outros benefícios.