O Banco Central (BC) revelou neste domingo (30) que a importação de criptoativos bateu recorde em 2021. A saber, o país encerrou o ano passado com um volume de US$ 6 bilhões em criptoativos importados. Esse valor superou em 81,27% o montante registrado em 2020 (US$ 3,31 bilhões).
Em suma, criptoativos consistem em ativos virtuais, ou seja, não são ativos físicos. Além disso, estes ativos são protegidos por criptografia, cujos registros também são exclusivamente digitais.
Vale destacar que as criptomoedas fazem parte dos criptoativos, como o bitcoin. Mas essa não é a única categoria englobada pelos criptoativos. Os tokens e as stablecoins também estão incluídos na categoria. No primeiro caso, os tokens são contratos que representam a custódia de algum ativo. Por sua vez, as stablecoins são representações de ativos tradicionais, como o dólar.
Veja mais detalhes do levantamento do BC
De acordo com o BC, o recorde de importação dos criptoativos impulsionou o rombo das contas externas do Brasil em 2021. Em resumo, o país encerrou 2021 com um déficit de US$ 28,1 bilhões, o que corresponde a um acréscimo de 14,8% na comparação com 2020.
“Não há registros aduaneiros para criptomoedas, não incluídas na estatística de comércio exterior de mercadorias. Para inclusão na balança comercial do balanço de pagamentos, as transações com criptoativos são estimadas com base em contratos de câmbio”, disse o BC.
O Banco Central também fez um alerta para os brasileiros em relação a essas operações. A saber, todas as operações com criptomoedas não exigem a participação de uma instituição financeira. Em outras palavras, não há garantia nem emissão por parte de qualquer autoridade monetária.
“Por isso, não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores. Seu valor decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor”, explicou o BC.
Leia Mais: Indústria do RJ pode perder R$ 260 milhões com avanço da Ômicron