Um levantamento do FipeZap+ apontou que os imóveis aumentaram, em média, 30% em dois anos. O estudo pesquisou imóveis das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Goiânia e Recife. Os valores se referem a imóveis novos e usados de dois e três quartos. O aumento vem bem acima da média salarial da população.
Segundo especialistas, o aumento vem por conta da alta dos preços na construção civil, da pandemia e, mais recentemente, por conta da guerra na Ucrânia. Nesse cenário, se dá bem quem tem imóvel próprio, mas prejudica quem quer comprar a casa própria.
Imóveis com alta forte
O mercado imobiliário é um dos mais importantes do mundo. Desde 2008, quando o mercado americano entrou em uma bolha, que levou o mundo a uma crise financeira mundial, o setor de imóveis é um dos mais estudados por economistas. Agora, chama atenção o fato de que a casa própria vem ficando cada vez mais cara.
Segundo especialistas, a pandemia fez com que o valor desses produtos aumentasse. Isso porque mais pessoas decidiram buscar a casa própria, não apenas como moradia, mas também como local de trabalho. Por conta disso, os alugueis passaram a ser mal vistos e o sonho de comprar um imóvel cresceu.
Além disso, a inflação na construção de novas unidades de habitação faz com que os preços de todo o mercado subam. Quando um novo empreendimento fica muito mais caro, os imóveis já construídos podem subir os preços para quem quer comprar. Por último, a guerra na Ucrânia fez com que a produção de itens básicos do setor fosse prejudicada, deixando tudo ainda muito mais caro.
O resultado é um mercado de imóveis que cresceu e, além disso, ficou mais caro. Por conta disso, comprar imóveis pode ficar ainda mais difícil, dado que, além do alto custo, existe também a alta taxa de juros do Brasil.
Vale a pena comprar agora?
Falando especificamente da visão financeira, esse não é um excelente momento para comprar imóveis. Isso porque os financiamentos ficam mais caros, além de estarmos em um patamar de alta dos preços da casa própria. Contudo, em termos de finanças pessoais, a decisão de comprar, ou não, pode não ter relação nenhuma com o cenário da pandemia.
Isso porque um diferencial para quem compra imóveis é, sempre, o valor da parcela. Com o mercado desaquecido, apesar do crescimento, os parcelamentos estão ficando cada vez maiores. Dessa forma, a parcela vem ficando cada vez menor, para caber no bolso dos brasileiros. Por isso, que tem um aluguel de R$1.300,00 pode, facilmente, encontrar parcelas de imóveis próprios bem abaixo disso. Com isso, além de pagar menos mensalmente, ainda é possível guardar dinheiro para objetivos futuros.
Segundo especialistas, a alta dos imóveis não é uma bolha, mas são consistentes com o atual cenário. Por isso, a crise financeira não deve chegar ao setor da mesma forma que a pandemia. Logo, fica a dica para pesquisar parcelamentos, negociar prazos e nunca esquecer de tentar baixar, o máximo possível, os juros dos financiamentos.