O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou alta de 1,95% no primeiro decêndio de março deste ano, ante 1,92% no mesmo período do mês anterior. Dessa forma, com o acréscimo desse resultado, o valor acumulado nos últimos 12 meses disparou, passando de 28,17% para 29,83%. A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (10).
“Os acréscimos registrados nas taxas dos grupos bens finais (0,21% para 1,62%) e bens intermediários (2,34% para 5,32%) revelam o espalhamento das pressões inflacionárias, antes concentradas no grupo matérias-primas brutas (4,45% para 0,46%). Os aumentos nos preços do diesel (3,32% para 18,90%) e da gasolina (11,18% para 15,48%) também contribuíram para o avanço das taxas de bens finais e intermediários”, afirmou o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz.
IPA recua e limita alta do IGP-M
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 2,33% no primeiro decêndio deste mês. A variação ficou abaixo da registrada no mesmo período de fevereiro (2,54%). Em suma, o grupo matérias-primas bruta despencou de 4,45% em fevereiro para 0,46% em março. O resultado foi puxado por minério de ferro (5,74% para -0,45%), soja em grão (5,78% para -0,32%) e bovinos (8,03% para 1,13%). Por outro lado, vale citar suínos (-10,49% para 9,05%), aves (-1,53% para 2,53%) e laranja (-6,06% para -2,74%), que registraram altas firmes.
Em contrapartida, o índice referente a bens intermediários avançou (2,34% para 5,32%), puxado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que disparou de 1,15% para 14,04%. Da mesma forma, os preços dos bens finais aceleraram no período, passando de 0,21% para 1,62%, influenciado pelo subgrupo alimentos processados (-2,81% para 0,16%).
IPC e INCC sobem em março e ajudam na alta do IGP
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,79% no primeiro decêndio de março, ante 0,19% no mesmo período de fevereiro. Em resumo, cinco das oito classes de despesa apresentaram avanço em suas taxas, com destaque para o grupo transportes (0,96% para 3,38%), puxado pela disparada da gasolina, que passou de 2,88% para 10,00%.
Os seguintes grupos também subiram no período: habitação (-0,21% para 0,11%), saúde e cuidados pessoais (-0,20% para 0,20%), vestuário (-0,08% para 1,05%) e alimentação (-0,04% para 0,16%). Já os outros três grupos desaceleraram em março: educação, leitura e recreação (0,91% para 0,15%), comunicação (0,02% para -0,17%) e despesas diversas (0,29% para 0,13%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,24%, ante variação positiva de 0,60% no primeiro decêndio de fevereiro. Em síntese, dois grupos avançaram: materiais e equipamentos (1,23% para 2,57%) e mão de obra (0,08% para 0,28%). Por fim, o componente serviços teve leve recuo de 0,71% para 0,67%.
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