O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,22% no primeiro decêndio de dezembro deste ano, ante avanço de 1,57% no mesmo período de novembro. A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (9).
De acordo com o economista da FGV, André Braz, a queda nos preços do minério de ferro puxaram o IGP-M para baixo no mês. Aliás, ele acredita que o índice encerrará 2021 com uma variação acumulada entre 16% e 17%. Nesta primeira préviade dezembro, a variação está em 16,51%.
Em resumo, o minério de ferro responde por quase 7% de toda a variação do IGP-M. Como a commodity vem sofrendo intensas oscilações em seus preços, o indicador acaba seguindo o mesmo caminho. Inclusive, o minério despencou de 9% na primeira prévia de novembro para -24,68% na mesma prévia de dezembro.
Veja as variações dos índices que compõem o IGP-M
A propósito, o IGP-M funciona como um indexador de contratos. Isso quer dizer que o índice não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. O indicador ainda influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
Em suma, o IGP-M é formado por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Aliás, o IPA responde por 60% do IGP-M, enquanto o IPC responde por 30% e o INCC por 10%.
A saber, o minério de ferro representa 10,9% do IPA. Com a queda da commodity, o IPA caiu de 1,93% no primeiro decêndio de novembro para -0,61% em dezembro. “Se o minério tivesse variado zero, o IPA teria subido 1%”, disse Braz.
Por fim, vale destacar que a FGV divulga duas prévias mensais do IGP-M. Assim, resta aguardar pela segunda prévia para saber se as variações continuaram desse jeito ou se haverá mudanças.
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