O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revelou nesta sexta-feira (28) que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,97% em outubro, após cair 0,95% em setembro. A saber, este indicador é conhecido como inflação do aluguel.
Em resumo, o índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo. Além disso, influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde.
Com o acréscimo do resultado de outubro, o índice passou a acumular uma variação de 5,58% em 2022 e de 6,52% nos últimos 12 meses. Em outubro do ano passado, a inflação medida pelo IGP-M havia registrado um avanço de 0,64% e acumulava uma variação de 21,73% em 12 meses.
Preços dos alimentos na ‘porta de fábrica’ CAEM pelo 2º mês
Taxa do IGP-M abrange três índices
Em suma, a inflação do IGP-M é formada por três indicadores: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Aliás, dois dos três indicadores desaceleraram em setembro, puxando o IGP-M para baixo.
A saber, o IPA passou de -1,27% em setembro para -1,44% em outubro, fortalecendo a queda. Esse resultado foi o principal responsável pela taxa do IGP-M neste mês, uma vez que os outros dois componentes tiveram variação positiva.
“Combustíveis fósseis e leite explicam a nova queda registrada pela taxa do IGP-M. No âmbito do produtor, os destaques foram óleo Diesel (de -4,82% para -5,67%) e leite in natura (de -6,72% para -7,56%)”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços.
Por sua vez, o IPC subiu 0,50% em outubro, após a queda de 0,08% em setembro. A taxa acelerou devido ao acréscimo registrado por seis das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV Ibre.
O destaque ficou com o grupo alimentação, cuja taxa acelerou de -0,34% para 0,57%, impulsionada por hortaliças e legumes (-0,63% para 6,75%). Além disso, as “quedas menos intensas nos preços da gasolina (-3,74%) e do leite tipo longa vida (-8,26%)” limitaram menos o avanço do IPC no mês.
Por fim, o INCC desacelerou de 0,10% em setembro para 0,04% em outubro. Veja as variações dos três grupos componentes do índice no mês: materiais e equipamentos (-0,14% para -0,32%), serviços (repetiu a taxa de setembro, de 0,34%) e mão de obra (0,26% para 0,31%).
Leia também: Brasil tem 39,1 milhões de trabalhadores informais, revela IBGE