O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,72% no segundo decêndio de julho deste ano, ante 1,27% no mesmo período do mês anterior. Dessa forma, com o acréscimo desse resultado, o valor acumulado nos últimos 12 meses caiu de 36,65% para 33,75%.
Vale destacar que, apesar da desaceleração registrada, a variação do indicador continua bastante expressiva no período. A saber, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (20).
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou de 1,26% para 0,66%. Aliás, o grupo responde por 60% do IGP-M, ou seja, sua variação é a que mais impacta o resultado do índice. Em resumo, o grupo matérias-primas bruta desacelerou de 0,28% para 0,12%, devido aos seguintes itens: soja em grão (-3,09% para -8,22%), cana-de-açúcar (6,22% para 1,55%) e milho em grão (-4,30% para -7,08%).
Por outro lado, vale citar minério de ferro (1,25% para 5,24%) e suínos (-18,16% para 6,87%), que registraram acelerações expressivas. No entanto, não conseguiram impedir a queda do grupo nesta primeira prévia de julho.
Os bens intermediários também desaceleraram no período (2,46% para 0,95%), puxados pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa caiu de 2,83% para 0,16%. Da mesma forma, os preços dos bens finais recuaram (1,30% para 1,09%), influenciado pelo subgrupo alimentos processados (2,68% para 1,78%).
IPC tem leve alta enquanto INCC desacelera no mês
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve leve alta de 0,62% para 0,70% na prévia. Em suma, três das oito classes de despesa apresentaram avanço em suas taxas, com destaque para o grupo educação, leitura e recreação (-0,63% para 2,07%), puxado pela disparada do item passagem aérea.
Os seguintes grupos também subiram no período: habitação (1,05% para 1,34%) e alimentação (0,27% para 0,34%), influenciados por tarifa de eletricidade residencial e frutas. Já o grupo comunicação manteve a mesma taxa de junho (0,04%).
Em contrapartida, os seguintes grupos desaceleraram no período: transportes (1,62% para 0,66%), saúde e cuidados pessoais (0,15% para -0,06%), despesas diversas (0,26% para 0,09%) e vestuário (0,65% para 0,58%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 2,75% para 1,32%. Em síntese, todos os três grupos desaceleraram: materiais e equipamentos (1,92% para 1,39%), serviços (1,46% para 0,76%) e mão de obra (3,70% para 1,36%).
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