O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) recuou 0,14% em dezembro deste ano, após subir 1,19% no mês anterior. Embora tenha caído no último mês do ano, o indicador encerrou 2021 com uma expressiva variação acumulada de 17,30%.
Na comparação com 2020, ambas as taxas ficaram menores. Em resumo, o IGP-10 avançou 1,97% em dezembro do ano passado e acumulou uma disparada de 24,16% entre janeiro e dezembro de 2020.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou o IGP-10 nesta quarta-feira (15). O índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.
Veja mais detalhes da queda do IGP-10 em dezembro
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de 1,31% em novembro para -0,51% em dezembro. A saber, o grupo matérias-primas ficou com uma taxa ainda mais negativa que em novembro (-0,98% para -3,78%).
No grupo, os itens minério de ferro (1,23% para -19,28%), soja em grão (-1,39% para -3,41%) e aves (-0,03% para -4,95%) deixaram a taxa mais negativa. Em contrapartida, os maiores avanços vieram dos itens bovinos (-8,46% para 11,28%), mandioca/aipim (-2,02% para 4,39%) e cana-de-açúcar (2,06% para 3,08%).
Os preços dos bens finais também desaceleraram no mês (1,29% para 0,42%). Em suma, a principal alta veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa recuou de 8,48% para 2,69%. Da mesma forma, os bens intermediários também perderam fôlego no mês (3,71% para 1,98%), puxados pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura (2,67% para 1,19%).
IPC e INCC seguem direções distintas no mês
Outo indicador que compõe o IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), acelerou de 0,79% para 1,08% entre novembro e dezembro. Três das oito classes de despesa pesquisadas tiveram acréscimo no mês. O destaque positivo ficou com o grupo educação, leitura e recreação (0,05% para 2,61%), cujo item passagem aérea disparou de -0,42% para 17,18%.
Outros dois grupos também aceleraram em dezembro: habitação (0,36% para 0,77%) e transportes (2,17% para 2,49%). Esse resultado reflete o acréscimo dos itens tarifa de eletricidade residencial (0,06% para 1,86%) e gasolina (5,09% para 5,50%), respectivamente.
Em contrapartida, a variação de cinco grupos desacelerou: alimentação (0,81% para 0,59%), vestuário (0,87% para 0,19%), saúde e cuidados pessoais (0,29% para 0,12%), comunicação (0,33% para 0,08%) e despesas diversas (0,27% para 0,16%).
As taxas foram derrubadas, principalmente, pelos respectivos itens: hortaliças e legumes (11,38% para 1,20%), calçados (1,34% para -0,06%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para -0,06%), tarifa de telefone residencial (3,65% para 0,00%) e alimentos para animais domésticos (2,10% para 0,78%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou em dezembro (0,95% para 0,54%). Enquanto o componente materiais e equipamentos caiu no mês (2,00% para 0,81%), o de mão de obra (0,10% para 0,28%) e serviços (0,49% para 0,61%) avançaram, mas não conseguiram impulsionaram o índice.
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