O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,36% em dezembro deste ano, após recuar 0,59% no mês anterior. A inflação voltou ao campo positivo, após meses de queda, devido à inflação ao produtor, que acelerou neste mês.
Com o acréscimo deste resultado, o IGP-10 passou a acumular uma alta de 6,08% em 2022. A título de comparação, a taxa acumulada em 2021 foi bem mais elevada, de 17,30%.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou o IGP-10 nesta quinta-feira (15). Em suma, o índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.
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Inflação ao produtor sobe e impulsiona IGP-10
O IGP-10 é formado por três índices: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em suma, eles respondem por 60%, 30% e 10% do indicador, respectivamente.
Segundo a FGV, o IPA, que mede a variação dos preços no atacado, subiu 0,38% em dezembro, após quatro meses de queda. Com isso, ajudou a encerrar o “ciclo de taxas negativas do IGP-10”, segundo o coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, André Braz.
Por sua vez, o IPC subiu 0,58% em dezembro, impulsionado pela gasolina, cujos preços avançaram de 0,56% para 1,82%. Em contrapartida, o item passagem aérea teve um forte decréscimo de 7,96% para -2,36% entre novembro e dezembro, limitando a inflação do IPC e a alta do IGP-10.
Por fim, o INCC variou 0,36% em dezembro, ante 0,91% no mês anterior. A saber, os três grupos componentes do indicador tiveram as seguintes variações: materiais e equipamentos (-0,10% para 0,27%), serviços (0,43% para 0,35%) e mão de obra (0,40% para 0,44%).
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