O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) avançou 1,98% em fevereiro deste ano. A saber, a taxa ficou 0,19 ponto percentual (p.p.) acima da variação registrada em janeiro (1,79%). Isso aconteceu, principalmente, devido às contribuições dadas por commodities e combustíveis.
“Os grandes destaques para a aceleração da taxa do IGP são importantes commodities e combustíveis, cujas principais são: minério de ferro (8,06%), soja (7,32%), milho (9,22%) e óleo Diesel (7,71%)”, explicou o coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV, André Braz.
“A contribuição desses quatro principais itens responde por 65% do resultado do IPA”, acrescentou Braz.
Com o acréscimo do resultado, o IGP-10 continuou acumulando uma variação expressiva em 12 meses, de 16,69%. Embora seja expressiva, o avanço é bem menor que a taxa registrada nos 12 meses anterior (28,17%). A propósito, em fevereiro de 2021, o indicador havia subido 2,97%.
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou o IGP-10 nesta terça-feira (15). O índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.
Veja mais detalhes da aceleração do IGP-10 em fevereiro
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de 2,27% em janeiro para 2,51% em fevereiro. A saber, o grupo matérias-primas desacelerou no mês (5,43% para 4,50%). Ele foi enfraquecido pelos itens minério de ferro (24,56% para 8,06%), bovinos (2,73% para 1,62%) e cana-de-açúcar (1,53% para 0,83%).
Em contrapartida, os avanços vieram de soja em grão (2,92% para 7,32%), milho em grão (2,86% para 9,22%) e algodão em caroço (-1,51% para 10,13%). No entanto, estes resultados não impediram a desaceleração do grupo no mês.
Já os preços dos bens finais aceleraram no mês (0,75% para 0,89%). Em suma, a principal alta veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,14% para 2,49%.
Da mesma forma, os bens intermediários também tiveram acréscimo em fevereiro (0,55% para 1,89%). Eles foram impulsionados pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,31% para 6,51%.
IPC anda de lado e INCC acelera no mês
Outo indicador que compõe o IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ficou praticamente estável em fevereiro (0,40% para 0,39%) e pouco afetaram a variação do IGP-10. Três das oito classes de despesa pesquisadas tiveram decréscimo no mês: habitação (0,74% para 0,11%), vestuário (1,31% para 0,51%) e saúde e cuidados pessoais (0,15% para 0,05%).
A saber, as principais contribuições negativas para os grupos no mês vieram de: tarifa de eletricidade residencial (1,63% para -1,44%), roupas (1,51% para 0,50%) e plano e seguro de saúde (-0,07% para -0,48%), respectivamente.
Em contrapartida, a variação de cinco grupos acelerou no mês: transportes (-0,26% para 0,18%), alimentação (0,88% para 1,09%), comunicação (0,00% para 0,59%), educação, leitura e recreação (0,38% para 0,50%) e despesas diversas (0,10% para 0,20%).
As taxas foram impulsionadas pelos respectivos itens: licenciamento – IPVA (0,00% para 3,71%), hortaliças e legumes (-1,63% para 8,19%), tarifa de telefone residencial (0,00% para 2,77%), cursos formais (2,29% para 4,08%) e conselho e associação de classe (0,46% para 2,06%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou em fevereiro (0,50% para 0,61%). Em suma, os componentes materiais e equipamentos caíram no mês (0,91% para 0,75%), mas os serviços (0,97% para 1,66%) e o grupo mão de obra (0,05% para 0,28%) avançaram e impulsionaram o grupo.
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