Nos Estados Unidos da América (EUA), Robert Durst, um herdeiro milionário de uma empresa do setor imobiliário foi condenado à prisão perpétua aos 78 anos de idade. A condenação foi determinada após o homem se tornar tema de uma série de documentários policiais da HBO The Jink.
A acusação se refere ao assassinato da melhor amiga, Susan Berman em 2000. Durst matou a melhor amiga após ela ameaçar entregá-lo à polícia pelo desaparecimento de sua esposa. Logo após a mulher de 55 anos de idade foi encontrada morta em sua casa em Beverly Hills com um tiro na cabeça. O homem também foi responsável pelo assassinato de outras duas pessoas.
No tribunal de Los Angeles, Durst foi chamado de psicopata narcisista pelos promotores ao ser informado sobre a condenação. O milionário negou ser o responsável pela morte da amiga até o último momento. Mesmo assim, a sentença de assassinato em primeiro grau foi decretada, extinguindo qualquer brecha para uma liberdade condicional. Em outras palavras, provavelmente Durst morrerá na prisão.
De acordo com o júri, o crime cometido pelo milionário possui agravantes que devem ser considerados, como o assassinato por emboscada da testemunha. Os advogados de defesa informaram que o homem pretende apelar da sua condenação.
O único pronunciamento feito por Durst durante todo o julgamento foi a menção de um “sim” em resposta ao questionamento do juiz sobre ele estar ou não de acordo em renunciar o direito de comparecer em uma audiência futura.
A vítima do milionário, Susan Berman, era uma escritora policial e filha de um mafioso de Las Vegas. A mulher atuou como porta-voz de Durst quando ele se tornou suspeito do desaparecimento da esposa. Durante o julgamento, o primo de Berman, Denny Marcos, disse ao juiz ter sido roubado de uma pessoa “brilhante absolutamente extraordinária e inesquecível”.
As lamentações não param por aí. A ex-enteada de Susan, Sareb Kaufman, disse não ter tido um dia livre nestes 21 anos após a morte de uma pessoa tão querida. “O assassinato de minha mãe e os eventos dos últimos 40 anos nunca vão me deixar. Você está satisfeito, Bob?”, questionou.
A esposa de Durst, Kathleen McCormack, estudante de medicina na época, desapareceu no ano de 1982 e desde então é dada como morta. A mulher sumiu após passar um fim de semana na casa de campo do casal, situada no estado de New York. A suspeita surgiu após o milionário levar dias para registrar o desaparecimento da mulher à polícia.
Em um último pedido a Durst, Kaufman clamou que o homem revelasse a localização do corpo de Kathleen. Agora, os promotores do estado de NY cogitam apresentar novas acusações contra Durst no caso McCormarck, segundo informações da imprensa norte-americana.
De acordo com a imprensa dos EUA, o milionário Durst foi responsável pela morte de três pessoas, sendo a terceira um vizinho idoso, Morris Black, após ter descoberto a identidade de Durst no ano de 2001 enquanto ele estava foragido no Texas fingindo ser uma mulher muda. Na época, ele foi absolvido do assassinato alegando ter agido em legítima defesa antes de esquartejar e jogar os pedaços do corpo do homem um uma baía.