A idosa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, foi presa nesta sexta-feira (28), durante uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) para capturar envolvidos nos ataques terroristas em Brasília, no último dia 08. A prisão da suspeita, conhecida como “Fátima de Tubarão”, em referência à cidade do sul de Santa Catarina, foi feita na casa dela.
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Flagrada invadindo o Palácio do Planalto, a idosa não foi presa na época da invasão aos prédios dos Três Poderes e sequer estava na lista de investigados. Desde os atos, inúmeras imagens de “Fátima de Tubarão” passaram a viralizar. Em uma delas, ela diz: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, diz ela em alusão a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em outro vídeo, ela afirma que “estava quebrando tudo” durante a invasão.
A idosa, além do envolvimento nos atos golpistas, tem outros antecedentes criminais em Santa Catarina. De acordo com as informações, a mulher responde a mais de um processo, tendo inclusive uma condenação por tráfico de drogas em 2014 – na ocasião, ela foi condenada a três anos e dez meses de reclusão. A pena foi substituída por medidas restritivas de direitos, em um processo que hoje está em segredo de Justiça.
Não suficiente, existe uma denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra “Fátima Tubarão” por falsificação de documento e estelionato. Neste processo, consta que a idosa falsificou o documento de uma mulher em 2012 e realizou contratos de linhas telefônicas com a identidade falsa.
Operação da Polícia Federal
Além da idosa, a Polícia Federal cumpriu outros dez mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal. De acordo com a corporação, os fatos investigados constituem, em tese, os seguintes crimes:
- Golpe de Estado;
- Associação criminosa;
- Incitação ao crime;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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