O Ibovespa encerrou o mês de abril no azul e emendou o segundo mês seguido de ganhos. Com isso, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira está a 0,10% de eliminar todas as perdas acumuladas em 2021 até agora.
Ontem (30), no último pregão do mês, o Ibovespa acabou recuando 0,98%, aumentando as perdas da semana, que chegaram a 1,36%. Em resumo, a bolsa brasileira seguiu o clima menos otimista vindo dos Estados Unidos e da Europa, que também encerraram o dia no vermelho.
A saber, o Ibovespa conseguiu acumular ganhos de 1,94% em abril, após a forte alta de 6,00% em março. A combinação destes resultados até fez o índice superar novamente os 121 mil pontos em meados de abril. No entanto, com a queda nesta sexta, o Ibovespa caiu para 118.893 pontos.
O principal ponto positivo para o indicador no mês veio do exterior. No começo de abril, dados econômicos dos EUA mostraram uma recuperação robusta da maior economia global, o que fez as bolsas do mundo reagirem positivamente. E isso continuou no decorrer do mês, com novos dados.
Além disso, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, decidiu também não retirar estímulos disponibilizados. Muitos temiam uma elevação de juros com a alta da inflação e a melhora do mercado de trabalho, mas a entidade financeira manteve os juros entre 0,00% e 0,25%.
Cenário doméstico impede crescimento mais expressivo do Ibovespa
No cenário doméstico, o Orçamento da União para 2021 prendeu a atenção dos investidores pelas primeiras semanas do mês. Apenas no dia 22 que o presidente Jair Bolsonaro sancionou o texto, mas com vetos, uma vez que o dispositivo aprovado pelo Congresso extrapolava o teto de gastos públicos.
Ao mesmo tempo, o mercado continua de olho na CPI da Covid-19. Em suma, a Comissão Parlamentar de Inquérito irá apurar ações do governo federal no combate à pandemia no país, e isso também repercutiu em abril.
Por fim, abril ainda foi o mês mais letal do Brasil, com o registro de 82 mil mortes provocadas pela Covid-19. O número superou as 66 mil mortes de março, mês mais letal até então. Nos últimos dias, os casos e óbitos vêm caindo, mas a situação ainda requer atenção.
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