O Ibovespa voltou a cair no pregão desta segunda-feira (10). A saber, o índice recuou 0,74% na sessão, encerrando o dia a 101.945 pontos. Com isso, o indicador passa a acumular perdas de 2,74% em 2022, principalmente devido às expectativas de alta dos juros nos Estados Unidos.
Em resumo, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, encerrará em março as injeções que vem aplicando na economia do país desde o início da pandemia da Covid-19. E a ata da última reunião do banco revelou que os juros no país devem crescer mais do que o esperado em 2022.
Diante desse cenário, os investidores globais estão evitando buscar ativos de risco, como o Ibovespa. A situação no Brasil é ainda mais complicada devido a todos os problemas locais, como inflação elevada, juros bem perto dos 10%, e projeções de crescimento cada vez menores para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
A propósito, juros mais altos nos EUA tornam os títulos públicos do país mais atraentes e rentáveis. Isso já faria muita gente deixar os países emergentes, como o Brasil, de lado e buscar os títulos americanos. Contudo, há mais um detalhe: estes ativos são considerados os mais seguros do mundo.
62 das 93 ações do Ibovespa caem nesta segunda
Diante destas notícias, o Ibovespa não conseguiu se manter no campo dos ganhos, com 62 das suas 93 ações encerrando o dia no vermelho. No ano, apenas 16 papéis estão acumulando ganhos, enquanto os outros 77 seguem com perdas.
Ao todo, entre compras e vendas, as ações movimentaram R$ 18 bilhões nesta segunda. Esse valor é bem inferior ao giro financeiro diário do Ibovespa em 2021, de R$ 24 bilhões.
Entre os poucos avanços do dia, os mais expressivos vieram de: Usiminas PNA (+4,77%), Fleury ON (+3,74%), Sid Nacional ON (+3,32%), P. Açúcar – CBD ON (+2,11%) e Iguatemi S.A unt (+1,98%).
Por outro lado, os recuos mais intensos foram de: Inter Banco unit (-8,57%), Magazine Luiza ON (-7,72%), Méliuz ON (-5,75%), Qualicorp ON (-5,56%), Hapvida ON (-5,24%), Notre Dame Intermédica Participações (-4,52%), BRF ON (-4,39%) e Rede D’Or ON (-4,11%).
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