O Ibovespa está operando em queda no último pregão da semana. Em suma, os investidores repercutem a conclusão da votação em segundo turno da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados. A saber, ontem (11) mesmo, a Câmara já havia aprovado, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). No entanto, entraram na madrugada para analisar os destaques que pediam alterações no projeto. Essa fase chegou ao fim na madrugada de hoje (12).
Além disso, no âmbito doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do varejo em janeiro. De acordo com o levantamento, o volume de vendas teve leve queda de 0,2% no primeiro mês de 2021. Apesar de ter sido uma variação bem tímida, foi suficiente para que o indicador ficasse negativo em relação ao mesmo mês de 2020. Assim, nessa base comparativa, o setor apresentou a primeira retração após sete avanços seguidos. A média trimestral móvel também caiu.
Dessa forma, pressionado por essas notícias, o Ibovespa iniciou a sessão desta sexta em queda. Por volta das 10h45, o principal índice acionário da bolsa brasileira recuava 0,82%, aos 114.036 pontos.
Também não há como deixar de lado os recorrentes recordes superados de casos e mortes provocados pela pandemia da Covid-19 no Brasil. Aqui, a vacinação continua seguindo num ritmo muito mais lento que o desejado. Diversos estados estão com seus sistemas de saúde entrando em colapso, com pessoas morrendo em filas de espera por uma vaga em hospitais.
PEC Emergencial pesa no Ibovespa
Ao mesmo tempo, a aprovação da PEC Emergencial no Congresso Nacional também pesa no índice nesta sexta. Em suma, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) viabiliza o retorno do Auxílio Emergencial, além de estabelecer mecanismos em caso de descumprimento do teto de gastos públicos. Agora, o texto será encaminhado para promulgação pelo presidente Jair Bolsonaro.
Vale destacar que os investidores ficaram de olho em toda a tramitação da PEC Emergencial, pois tinham grande receio sobre o teto de gastos. Muitos temiam que a situação fiscal do Brasil, que já vai mal das pernas há tempos, piorasse com novas rodadas do benefício.
Por fim, o mercado ainda repercute a aprovação do pacote de estímulos fiscais de US$ 1,9 trilhão para a economia norte-americana pela Câmara dos Representantes dos EUA. Agora, falta apenas a assinatura do presidente Joe Biden, responsável pelo pacote, para que esse montante de dinheiro comece a ser liberado. E essa realidade beneficiará não só a economia dos EUA, mas também a de seus parceiros comerciais. Por isso, a expectativa em torno dessa enxurrada de dólares está muito elevada.
VEJA TAMBÉM: Imposto de renda: saiba como declarar redução de salário e jornada