O Ibovespa está operando em baixa nesta quarta-feira (10), puxado por investidores receosos com a saúde fiscal do Brasil. O principal índice acionário da bolsa brasileira até iniciou o pregão em alta, mas não demorou muito para cair para o campo das perdas. Vale ressaltar que também há bastante atenção com as negociações envolvendo o pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou dados do varejo brasileiro em 2020.
A saber, os mercados globais estão atentos às negociações sobre o plano trilionário do governo Joe Biden. O programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA. Vale ressaltar que o aumento no ritmo das campanhas de vacinação em diversos países elevam os ânimos dos investidores. Aliás, a recuperação da economia global também aumenta o otimismo geral.
Ao mesmo tempo, na China, o índice de preços ao produtor avançou em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso é um grande resultado, visto que, nessa base comparativa, essa é a primeira vez em um ano que o índice fica positivo. Além disso, o indicador conseguiu o maior avanço desde maio de 2019.
Incertezas internas puxam Ibovespa pra baixo
Mesmo com essas notícias positivas externas, o Ibovespa seguia em queda no dia. Por volta das 11h30, o índice recuava 0,51%, a 118.861 pontos. E isso acontecia, principalmente, devido à insegurança envolvendo o retorno do auxílio emergencial. O benefício, que foi disponibilizado para as parcelas mais vulneráveis da população brasileira em 2020, ganha cada vez mais força para voltar. O problema, segundo os analistas, envolve a situação fiscal do Brasil, que continua muito delicada. Ao mesmo tempo, muitos não conseguem imaginar de onde o governo irá retirar dinheiro para financiar novas rodadas do auxílio. E o teto de gastos públicos, mais uma vez, corre risco de ser perfurado.
Por fim, o IBGE divulgou os dados do volume de vendas do varejo brasileiro em 2020. Em resumo, o setor varejista conseguiu crescer 1,2% em 2020 e emendou a quarta alta seguida.
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