O Ibovespa segue no vermelho nesta terça-feira (9), puxado por investidores receosos com a cena política doméstica. Além disso, há bastante atenção com as negociações envolvendo o pacote trilionário de estímulos nos Estados Unidos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também vem marcando o dia.
Em resumo, os mercados globais estão muito atentos com o progresso do plano de estímulo de US$ 1,9 milhões do governo Joe Biden. A saber, o programa contará com cheques diretos à população afetada pela pandemia da Covid-19 nos EUA. Vale ressaltar que o aumento no ritmo das campanhas de vacinação em diversos países elevam os ânimos dos investidores, bem como eleva o otimismo sobre a recuperação da economia global.
Cenário doméstico influencia Ibovespa
No entanto, apesar de menos cautela no exterior, no cenário doméstico, ainda há muito receio presente. O que vem preocupando os investidores é o retorno do auxílio emergencial. Aliás, o Congresso Nacional, desde o início das suas atividades no ano, neste mês, vem pressionando o governo federal pela volta do benefício aos mais vulneráveis. Isso porque a pandemia da Covid-19 continua avançando no país. O resultado é a redução pela busca por ativos de risco.
Ao mesmo tempo, o IBGE divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de janeiro. O indicador variou 0,25%, menor nível desde agosto do ano passado (0,24%), mas, nos últimos 12 meses, acumula alta de 4,56%. Já a FGV reportou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a variação na primeira prévia de fevereiro, chegando a 1,92%.Tudo isso vem influenciando o resultado do Ibovespa nesta terça.
Por fim, o principal índice da bolsa de valores brasileira caía 0,49% por volta das 13h, a 119.114 pontos. O Ibovespa até sofria uma queda maior, superando -1,00%, mas conseguiu reduzir o recuo no começo da tarde.
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