O Ibovespa opera em alta nesta quinta-feira (4), puxado pela aprovação da PEC Emergencial em primeiro turno no Senado Federal. A saber, o dispositivo pode tornar possível o retorno de parcelas do Auxílio Emergencial. Além disso, o dia também está marcado pela atenção às novas medidas de restrição adotadas por diversos estados para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
Dessa forma, por volta das 11h20, o principal índice acionário da bolsa brasileira disparava cerca de 2,00%, aos 113.530 pontos. Vale destacar que, na parcial do ano, o Ibovespa acumula perdas expressivas de 6,58%.
Em resumo, o Senado aprovou com folga, na noite desta quarta-feira (3), o texto da PEC Emergencial. Isso aconteceu porque a proposta traz a previsão de diversas medidas possíveis de acontecer em caso de descumprimento do teto de gastos. Para quem não sabe, esse teto limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior.
Diversos pregões recentes refletiram o receio com o retorno do auxílio emergencial, pois poderia significar uma piora na saúde fiscal do país, que vai “mal das pernas” há tempos. Os investidores torciam para que o teto de gastos, tido como a âncora fiscal do país atualmente, fosse respeitado. Ao mesmo tempo, temiam o impacto que essas novas rodadas do benefício poderiam causar nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisaria ser feita para que as despesas coubessem dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades. Agora, o texto mais enxuto parece ter agradado o mercado.
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Outra notícia importante aconteceu na véspera, com a divulgação de dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. Em suma, a economia afundou 4,1% e amargou o pior resultado da série histórica, iniciada em 1996. Isso acabou retirando o Brasil do top 10 das maiores economias do mundo.
Por fim, apesar da expectativa, no final de 2020, em relação à recuperação da economia brasileira neste ano, os economistas já estimam uma nova recessão técnica anual. A crise sanitária provocada pela pandemia vem avançando no país, que não parece apto a impedi-la. Assim, uma das previsões é que haja recuo do PIB tanto no primeiro quanto no segundo trimestre de 2021.
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