O Ibovespa opera em alta nesta sexta-feira (5), com o mercado direcionando suas atenções, como nos últimos pregões, para o retorno do auxílio emergencial. Ao mesmo tempo, há bastante repercussão com as novas medidas de restrição adotadas por diversos estados brasileiros para conter o avanço da pandemia da Covid-19.
Ontem, a PEC Emergencial foi aprovada em dois turnos pelo Senado Federal, e agora segue para a Câmara dos Deputados. Ela também passará por dois turnos de votação, que devem ocorrer na próxima semana. Em resumo, esta Proposta de Emenda à Constituição (PEC) tem o objetivo de possibilitar o retorno de parcelas do Auxílio Emergencial. A PEC não é o auxílio em si, mas sim o dispositivo para que o benefício volte. Em geral, os economistas torcem pela aprovação desse texto, que, por sinal, ficou mais enxuto e facilitou a votação da proposta.
Dessa forma, por volta das 13h30, o principal índice acionário da bolsa brasileira avançava 0,78%, aos 113.570 pontos. No entanto, vale destacar que, na parcial do ano, o Ibovespa acumula perdas firmes de 5,32%.
Riscos internos seguram alta do Ibovespa
Mesmo envolvendo despesas menores, o retorno do auxílio ainda preocupa. Em suma, os investidores torciam para que houvesse respeito ao teto de gastos, tido como a âncora fiscal do país atualmente. Além disso, temiam o impacto que essas novas rodadas do benefício poderiam causar nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisaria ser feita para que as despesas coubessem dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades. Agora, o texto mais enxuto parece ter agradado o mercado. Mas isso não muda a situação do Brasil, com elevação da dívida pública e avanço da pandemia a cada dia, mostrando estar cada vez mais longe do fim.
Outra notícia importante do dia é a divulgação de dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial do Brasil em janeiro. Em suma, o setor emendou o nono mês seguido de crescimento, mas, ainda acumula uma queda de 4,3% nos últimos 12 meses.
Por fim, apesar da expectativa, no final de 2020, em relação à recuperação da economia brasileira neste ano, os economistas já estimam uma nova recessão técnica. A crise sanitária provocada pela pandemia vem avançando no país, que não parece apto a impedi-la. Assim, uma das previsões é que haja recuo do PIB tanto no primeiro quanto no segundo trimestre de 2021.
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