O Ibovespa vem registrando ganhos nesta terça-feira (2), puxado por notícias internas e externas. No cenário doméstico, investidores ainda repercutem o resultado das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Já do exterior, há expectativas em relação ao pacote de estímulos fiscais dos Estados Unidos. Uma queda menos acentuada da zona do euro também anima os mercados.
Em resumo, o dia está marcado pela repercussão da eleição da vitória do deputado Arthur Lira (PP) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM), ambos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro. Agora, espera-se que os presidentes das respectivas casas do Congresso Nacional aprovem cortes de gastos relacionados a transferências de renda. No entanto, vale ressaltar que o risco fiscal continua bastante alto, com muitos investidores ainda temendo o calote público.
No dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também reportou a queda de 4,5% do setor industrial em 2020, apesar de oito altas seguidas, de maio a dezembro. Apesar do resultado anual negativo, a sequência de ganhos indica continuação da retomada do setor, que chegou ao nível mais baixo da série histórica entre março e abril do ano passado, início da pandemia da Covid-19.
Notícias externas puxam Ibovespa pra cima
Por volta das 11h, o Ibovespa subia 1,26%, aos 118.999 pontos. Caso a alta se confirme no fechamento da sessão, será o segundo dia seguido de avanço do principal índice acionário da bolsa brasileira. Aliás, a última vez que o Ibovespa registrou duas altas seguidas foi nos dias 7 e 8 de janeiro. De lá pra cá, em 15 pregões, houve dez quedas e apenas cinco altas, mas nenhuma delas em sequência.
Vale ressaltar que a atenção dos investidores está voltada aos Estados Unidos, com negociações entre o presidente Joe Biden e senadores republicanos. Eles tentam definir um novo projeto de lei de apoio ao combate à pandemia da Covid-19.
Por fim, da Europa, notícias positivas também animam os investidores nesta terça. Em suma, a Eurostat, agência oficial de estatísticas europeia, reportou que a queda registrada na zona do euro no último trimestre do ano ficou em -0,7%, acima de -1,0% esperado para o período. Com isso, a retração em 2020 chegou a 6,8%.
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