O Ibovespa está operando com bastante volatilidade nesta quarta-feira (17). O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira reflete as expectativas envolvendo a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Ao mesmo tempo, os investidores também repercutem as questões políticas e fiscais do Brasil. Vale ressaltar que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, também definirá a política monetária do país nesta quarta.
Por volta das 11h50, o Ibovespa subia 0,05%, aos 114.073 pontos. O índice iniciou o pregão em queda firme, de mais de 0,5%, mas se recuperou ainda na parte da manhã. Contudo, volta a ficar perto da estabilidade. E tudo isso acontece devido à espera da decisão do Copom sobre a política monetária do Brasil. A propósito, os operadores apontam para uma elevação da taxa básica de juros do Brasil, a taxa Selic, que passou 2020 em sua mínima histórica (2,0%). Hoje, o Fed também deverá definir a política monetária dos EUA.
Todos os acontecimentos envolvendo a saída de Eduardo Pazuello do cargo de Ministro da Saúde do governo Bolsonaro continuam repercutindo. A propósito, o médico Marcelo Queiroga assumiu o cargo, mas não agradou ao Centrão no Congresso. O médico é o quarto ministro a assumir a pasta da saúde no governo Bolsonaro em um ano, ou seja, no período da pandemia da Covid-19. E isso aconteceu por causa de divergências dos antigos ministros com o presidente em relação às formas de combate à pandemia.
Ibovespa recua puxado por cenário interno
No cenário interno, a crise sanitária preocupa cada vez mais os investidores, devido aos recorrentes recordes superados de casos e mortes provocados pela Covid-19. Em suma, a vacinação continua andando num ritmo muito mais lento que o desejado. Diversos estados estão com seus sistemas de saúde entrando em colapso, com pessoas morrendo em filas de espera por uma vaga em hospitais.
Nesta quarta, a divulgação do Monitor do PIB-FGV pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) também repercutiu no pregão. Segundo dados da FGV, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,5% em janeiro.
Por fim, do cenário externo, o pacote de estímulos fiscais dos Estados Unidos de US$ 1,9 trilhão continua no radar dos investidores. Os mercados globais estão ansiosos por essa enxurrada de dólares, que beneficiará não só a economia dos EUA, mas também a de seus parceiros comerciais.
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