O Ibovespa voltou a subir no pregão desta terça-feira (11), e com uma bela performance. A saber, o índice saltou 1,80% na sessão, encerrando o dia a 103.779 pontos. No entanto, nem mesmo esse forte desempenho eliminou todas as perdas do indicador em 2022, que estão em -1,00%.
Nesta terça, os investidores se animaram com notícias vindas dos Estados Unidos. Em resumo, os juros futuros de longo prazo do país caíram pela primeira vez em 2022. O recuo fez os títulos da dívida do governo norte-americano voltarem ao nível pré-pandemia, ou seja, os retornos destes títulos não estão mais expressivos como nos últimos tempos.
Diante desse cenário, os investidores voltaram a buscar ativos de risco no planeta, inclusive no Brasil. A inflação elevada, os juros próximos a 10%, e as projeções de crescimento cada menos otimistas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano não afugentaram os operadores.
Por falar na inflação, a taxa de dezembro (0,73%) veio acima do esperado pelo mercado (0,65%). Isso faz os analistas acreditarem que o Banco Central pode elevar ainda mais os juros no país em 2022 para conter as fortes variações da inflação.
Isso não beneficia a renda variável, uma vez que os riscos da modalidade continuam. Em contrapartida, a renda fixa se torna mais atraente, pois continua mais segura que a renda variável, apresentando uma rentabilidade mais expressiva que anteriormente.
Apenas 12 das 93 ações do Ibovespa caem nesta terça
O cenário até poderia ser diferente, mas o otimismo dominou o pregão desta terça. Em suma, apenas 12 das 93 ações do Ibovespa encerraram o dia no vermelho. Ao todo, entre compras e vendas, as ações movimentaram R$ 22 bilhões no pregão, valor inferior à média diária em 2021, de R$ 24 bilhões.
Na semana, 59 papéis estão no azul, enquanto 32 acumulam perdas e 2 estão estáveis. Contudo, a situação em janeiro segue negativa, assim como o próprio Ibovespa, com 73 papéis no vermelho e apenas 20 acumulando ganhos.
Nesta terça, o índice ficou marcado por diversos avanços. A saber, os mais expressivos vieram de: Méliuz ON (+7,32%), Petz ON (+7,07%), Grupo Natura ON (+6,33%), Usiminas PNA (+6,05%), Hapvida ON (+5,96%), Notre Dame Intermédica Participações (5,37%), Petro Rio ON (5,26%) e 3R Petroleum ON (+5,19%).
Entre os recuos, não houve grandes tombos. Ainda assim, as maiores perdas diárias foram de: BRF ON (-1,28%), Braskem PNA (-1,19%), Embraer ON (-1,10%) e Minerva ON (-1,02%).
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