A alegria trazida pelo Ibovespa não durou muito. Após a disparada de 2,28% na última segunda-feira (25), o principal índice acionário da Bolsa Brasileira voltou a cair nesta terça. A saber, o Ibovespa afundou 2,11% e eliminou quase todos os ganhos da véspera, encerrando o pregão aos 106.419 pontos.
Esse tombo aconteceu em meio a diversos fatores domésticos que estão prendendo a atenção do mercado. O primeiro deles é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir os juros básicos do país. A decisão do órgão será divulgada nesta quarta (27), e os analistas projetam uma alta de 1,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic.
Caso a previsão se confirme, a taxa Selic avançará para 7,5% ao ano, maior patamar desde dezembro de 2017, quando os juros do país também estavam em 7,5%. E o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fortaleceu ainda mais essa expectativa ao divulgar a prévia da inflação de outubro.
Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação do país, variou 1,20%. Esse valor superou em muito a média das projeções de analistas, que acreditava numa alta de 0,98% no mês. E o resultado disso foi o forte recuo do Ibovespa nesta terça.
84 das 92 ações do Ibovespa caem nesta segunda
Enquanto 80 ações encerraram o pregão da última segunda no azul, o Ibovespa registrou 84 papéis no vermelho nesta terça. Ao todo, entre compras e vendas, os papéis do índice movimentaram R$ 27,28 bilhões, valor superior à média diária de 2021, de R$ 24,5 bilhões.
Entre os poucos avanços do dia, o mais expressivo veio da EDP Energias (2,23%) após a divulgação do balanço do terceiro trimestre deste ano. Outros destaques positivos foram: Brasken PNA (1,78%), Gol PN (1,09%), CPFL Enegia (0,78%) e Gerdau PN (0,32%).
Por outro lado, os maiores tombos no pregão vieram de: Azul PN (-8,38%), Getnet Units (-7,79%), Eztec ON (-7,64%), Cogna ON (-7,04%) e Cielo ON (-6,88%).
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